sexta-feira, 26 de setembro de 2014

REPASSANDO

Carta aberta ao prefeito Alexandre Vanghon



CARTA ABERTA AO PREFEITO DE SANTARÉM DOTAPAJÓS, ALEXANDRE RAIMUNDO DE VASCONCELOS WANGHON


Caro Alexandre,


Em nome de nossa antiga amizade, permita-me tratá-lo assim, de maneira informal, sem os salamaleques da liturgia do cargo que você hoje ocupa. Por falar em tempos antigos, lembro-me bem de nosso tempo de estudantes em Belém, no final da década de 70 e nos primeiros anos da década de 80, quando já você já externava sua determinação de abraçar a carreira política e o sonho de vir a tornar-se prefeito de nossa cidade. Feliz do homem que sonha e persegue seus sonhos, até realizá-los. Você está realizando os seus!


Após essas reminiscências, permita-me entrar no assunto que me levou a escrever essa carta aberta, maneira que achei, talvez a mais fácil, de fazer chegar até você uma preocupação, que é minha e parece ser também a de muitos dos munícipes cuja vontade fez de você o prefeito de nossa cidade. Voltei a pouco de um passeio ao Lago do Maicá, na companhia de amigos que não conheciam aquele local e que demonstraram a vontade de ir lá conhecê-lo e fotografar suas paisagens naturais e os animais que lá vivem. Apesar de já mostrar algumas marcas da interferência do homem, O Lago do Maicá, como é de seu conhecimento, é um santuário ecológico, local de criadouro de uma infinidade incalculável de aves, peixes e outros animais, os quais pudemos ver em profusão, no referido passeio.


Causou-nos enorme preocupação, no entanto, saber que a Prefeitura Municipal de Santarém, sob sua gestão, pretende instalar ali, ou em seu entorno, algumas empresas exportadoras de grãos, destinados ao comércio exterior, para o que já estariam sendo realizados estudos, visando estimar os futuros impactos que essa atividade traria para aquela área. Por melhores, mais adequados e mais conclusivos que sejam esses estudos; por mais espetaculares que sejam as medidas mitigadoras dos impactos que certamente virão dessa intervenção no ecossistema do Lago do Maicá, caro Alexandre, nada impedirá que aquele paraíso seja inapelavelmente ameaçado.


Tenho absoluta certeza que há outras áreas no município de Santarém mais adequadas para a instalação de portos graneleiros, como os que você se empenha em atrair para a cidade. Um olhar mais atento para região abaixo do Maicá, banhada pelo Rio Amazonas, mostrará locais com calado suficiente para o recebimento de navios de grande porte, sem a necessidade de uma intervenção tão radical quanto aquela que se prevê para o Maicá. Antevejo uma outra vantagem considerável para o bem estar de nossa cidade, com a construção de portos fora da área urbana ou de sua periferia, como seria o caso que coloco à sua avaliação. As enormes carretas que trazem grãos de outros estados, como hoje, não precisariam adentrar a área urbana de Santarém, o que significaria a diminuição de uma gama enorme de dificuldades e empecilhos que esse tráfego provoca.


Que nossos netos possam mais tarde lembrar-se do Maicá com a mesma nostalgia que o Beto Paixão canta, mas com a certeza de que ele ainda estará lá, para o deleite das futuras gerações. Não permita que o Lago do Maicá, a exemplo da Itabira do poeta Carlos Drummond de Andrade e da Vera Paz, de nossos tempos de meninos, seja apenas um retrato na parede. Porque isso dói!! E como dói!! Para encerrar essa carta-aberta, que espero que você não veja como impertinência de minha parte, recordo uma poesia musicada, de autoria de nosso amigo comum, Beto Paixão, onde ele faz referência às saudades de seu tempo de infância, vividos à beira do Lago do Maicá.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Papa ordena 1ª prisão dentro do Vaticano de acusado de pedofilia

Jozef Wesolowskifoi representante diplomático da Igreja Católica na República Dominicana de 2008 a 2013

Polonês Josef Wesolowski
Polonês Josef Wesolowski
O papa Francisco ordenou pessoalmente na terça-feira a detenção de um ex-arcebispo e ex-embaixador da Santa Sé acusado de pedofilia, no primeiro caso de prisão no Vaticano de alguém suspeito de cometer esse crime.
O polonês Jozef Wesolowski, de 66 anos, foi representante diplomático da Igreja Católica (núncio) na República Dominicana de 2008 a 2013.
Ele havia sido chamado de volta ao Vaticano no ano passado, após terem surgido acusações na mídia do país caribenho de que ele teria cometido abuso sexual de crianças.
Em junho deste ano, Wesolowski foi destituído do cargo de arcebispo por um tribunal do Vaticano. Desde então, ele vivia dentro de um convento na cidade-estado.
Segundo um porta-voz da Santa Sé, Wesolowski está sendo mantido em prisão domiciliar no mesmo local devido à fragilidade de sua saúde.
Fato inédito
É a primeira vez que um prelado do alto escalão da Igreja Católica é preso dentro do Vaticano.
Em Roma, ele aguardava o julgamento de sua solicitação de imunidade diplomática por parte da Justiça dominicana e da Polônia, onde nasceu.
O arcebispo deve ir a julgamento no fim deste ano também em um tribunal do próprio Vaticano.
De acordo com o porta-voz papal, o padre italiano Federico Lombardi, o papa Francisco ordenou pessoalmente a prisão do prelado para que as acusações graves possam ser examinadas sem atraso.
Desde que foi escolhido para chefiar a Santa Sé, no ano passado, o pontífice argentino vem tentando estabelecer como uma das marcas de sua administração o combate às denúncias de pedofilia dentro da Igreja Católica.
Fonte: UOL Notícias

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Marina cai e 2º turno com Dilma seria mais acirrado, aponta CNT/MDA

Dilma segue na liderança com 36%, seguida por Marina, agora com 27,4%, e por Aécio, com 17,6%, mostra a pesquisa

Montagem/iG
Dilma e Marina apresentam queda na pesquisa CNT/MDA; Aécio Neves cresce
A Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgou nesta terça-feira (23) o resultado da 122ª Pesquisa CNT/MDA. Dilma Rousseff teve uma pequena queda em relação ao levantamento anterior, de 8 de setembro. A presidente e candidata do PT passou de 38,1% para 36% das intenções de voto. Marina Silva, do PSB, teve uma queda maior e perdeu 6 pontos percentuais, passando de 33,5% para 27,4%. 
Entre os líderes, Aécio Neves apresentou melhora. O candidato do PSDB saiu de 14,7% para 17,6% na pesquisa desta terça-feira.
Pesquisa anterior: Dilma e Marina crescem e Aécio cai, aponta pesquisa CNT/MDA
Veja a evolução dos candidatos à Presidência nas pequisas Datafolha e Ibope
O cenário se inverte em relação aos últimos levantamentos do CNT/MDA. De agosto para o começo de setembro, Dilma e Marina Silva tinham apresentado crescimento e Aécio tinha caído. Agora apenas o tucano teve um desempenho melhor nos números.
Veja todos os números da pesquisa estimulada CNT/MDA:
- Dilma Rousseff (PT) - 36,0%
- Marina Silva (PSB) - 27,4%
- Aécio Neves (PSDB) - 17,6%
- Luciana Genro (PSOL) - 0,9%
- Pastor Everaldo (PSC) - 0,8%
- Outros candidatos - 0,8%
- Brancos ou nulos - 7,2%
- Não sabem/Não responderam - 9,3%
Segundo turno
Um embate entre Dilma Rousseff e Marina Silva no segundo turno seria mais apertado agora do que mostrava a pesquisa anterior. Dilma tem 42% das intenções enquanto Marina Silva conta com a preferência de 41% dos eleitores. Brancos e nulos seriam 11,8% e indecisos, 5,2$. Na 121ª rodada, a socialista tinha 45,5% e a petista 42,7%.
Nas simulações para 2º turno envolvendo Aécio Neves, ambas candidatas mantém vantagem. Dilma teria 45,5% e o tucano 36,5%. Brancos e nulos seriam 13,4% e indecisos, 4,6%. Já Marina Silva apareceria com 43,1% e Aécio Neves, com 32,9%. Nesse caso, brancos e nulos seriam 17,4% e indecisos, 6,6%.
Para a pesquisa atual foram entrevistadas 2.002 pessoas, em 137 municípios de 25 Unidades Federativas das cinco regiões do Brasil, nos dias 20 e 21 de setembro de 2014. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais. O levantamento está registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR – 00753/2014.

Eleições 2014: Não esqueça os documentos


No próximo dia 05 de outubro, quando será realizado o 1º Turno das Eleições 2014, os eleitores não podem esquecer de levar o principal documento que garante sua participação no processo democrático: o título de eleitor.

Segundo o Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA), caso o eleitor esqueça o documento, poderá apresentar outro que possua foto, como o RG, o certificado de reservista, carteira de trabalho ou de habilitação.

Luta contra a demarcação de terras indígenas. Prioridade da CNA

Ao visitarem a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em agosto, os presidenciáveis receberam uma carta da entidade com cobranças por mais incentivos e financiamentos para agricultores, mais investimentos em infraestrutura e uma solução para problemas ligados à demarcação de terras indígenas.
A reportagem é de João Fellet e publicada por BBC Brasil, 22-09-2014.
Segundo assessores da CNA, o último ponto – presente em capítulo que defende a “segurança jurídica” no campo - é o mais importante da lista.
O órgão quer que o próximo presidente mantenha a decisão tomada no governo Dilma de suspender a demarcação e a ampliação de terras indígenas; passe a comprar áreas para atender as demandas dessas comunidades; e retire da Funai (Fundação Nacional do Índio) a atribuição de identificar e demarcar esses territórios.
Dentre os três candidatos principais, Aécio é quem se mostra mais alinhado com o setor. Embora o site de sua candidatura não trate especificamente da questão indígena, ele diz que em seu governo fazendas invadidas não serão desapropriadas por dois anos.
Na CNA, ele afirmou ainda que a Funai passará a dividir suas funções com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), estatal vista com bons olhos pelo agronegócio.
O site da candidatura de Dilma não trata do tema. No primeiro debate entre os candidatos, ela afirmou que o conflito entre índios e agricultores deve “ser resolvido de forma a preservar interesses de todas as partes”.
Marina é a única a abordar o tema em seu programa de governo. Ela se compromete a “estabelecer mecanismos de gestão de conflitos para finalizar a demarcação de Terras Indígenas, como previsto na Constituição Federal.” Ela não detalha, porém, como esses mecanismos funcionariam.
Diante do acirramento dos conflitos em áreas em demarcação nos últimos anos, o governo federal criou mesas de diálogo lideradas pelo Ministério da Justiça e compostas por índios, donos de terra e autoridades locais. Até agora, no entanto, não se chegou a nenhuma saída para os impasses.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Olhar da Amazônia




Fotos: Rozinaldo Garcia

MASSABOR 15 ANOS




 
Com celebração e muita festa. foi assim a festa de 15 anos da pizzaria Massabor neste último dia 17/09.
Fotos: Rozinaldo Garcia

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Admitir os pecados abre portas ao carinho de Jesus, diz Papa

Santo Padre enfatizou necessidade do homem se reconhecer pecador, lembrando que o pecado é lugar privilegiado para encontrar Jesus.
Da Redação, com Rádio Vaticano
A coragem de admitir os pecados abre as portas ao carinho de Jesus e ao Seu perdão. Essa foi a reflexão central do Papa Francisco na homilia da Santa Missa presidida por ele na manhã de quinta-feira, 18, na Casa Santa Marta.
Francisco lembrou que o pecado é lugar privilegiado para encontrar Jesus / Foto: L'1Osservatore Romano
Francisco lembrou que o pecado é lugar privilegiado para encontrar Jesus / Foto: L’1Osservatore Romano
A leitura do dia, extraída do Evangelho de Lucas, fala da pecadora que lava os pés de Jesus com suas lágrimas e os unge com perfume, enxugando-os com seus cabelos. Jesus havia sido convidado para ir à casa de um fariseu que queria conhecer Sua doutrina. O homem julgou dentro de si tanto a pecadora quanto Jesus, dizendo que se Jesus fosse um profeta saberia melhor que tipo de mulher estava tocando n’Ele. O fariseu não era mau, mas não entendia o gesto daquela mulher, explicou o Papa.
“Não conseguia entender os gestos elementares do povo. Talvez este homem tivesse esquecido como se acaricia uma criança, como se consola uma idosa. Em suas teorias, em sua vida de governante, não se lembrava dos primeiros gestos da vida, aqueles que nós todos, quando nascemos, recebemos de nossos pais”.
O Santo Padre destacou que Jesus repreendeu o fariseu com humildade e ternura. “A sua paciência, o seu amor e o desejo de salvar todos o levaram a lhe explicar o que fez a mulher e os gestos de cortesia que ele mesmo não fez. E em meio ao murmúrio de todos, disse à mulher: ‘Teus pecados estão perdoados! Tua fé te salvou; vai em paz!’”.
A mulher foi capaz de chorar por seus pecados e reconhecer-se pecadora, explicou o Papa Francisco. E Jesus disse que a salvação vem somente àquele que sabe abrir seu coração e se reconhecer pecador.
“O lugar privilegiado do encontro com Jesus Cristo são os seus pecados”. Isso pode parecer uma heresia, observou o Papa, mas também São Paulo dizia isso e se vangloriava de duas coisas apenas: dos seus pecados e de Cristo ressuscitado que o salvou.
“E por isso reconhecer os próprios pecados, reconhecer a nossa miséria, reconhecer o que somos e do que somos capazes de fazer ou ter feito é precisamente a porta que se abre à carícia de Jesus, ao perdão de Jesus, à Palavra de Jesus: ‘Vai em paz, a tua fé te salvou!’, porque você foi corajoso, você foi corajosa ao abrir o seu coração a quem é o único que pode salvar você”.
Jesus disse aos hipócritas: “as prostitutas e os cobradores de impostos irão preceder vocês no Reino dos Céus”. “E isso é forte!”, concluiu o Pontífice, incentivando aos que se sentem pecadores a abrirem o coração na confissão dos pecados, ao encontro com Jesus, que deu Seu Sangue por todos nós.

Brasil tem primeiros casos de febre chikungunya


Brasil tem primeiros casos de febre chikungunya (Foto: Reprodução/Internet)
(Foto: Reprodução/Internet)
O Ministério da Saúde confirmou na terça-feira (16) os primeiros casos de transmissão da febre chikungunya no Brasil em toda a história. Trata-se de um pai e uma filha, moradores de Oiapoque, no Amapá e com idade de 53 e 31 anos, respectivamente. Nenhum deles viajou para fora do Brasil, algo que dá certeza que a transmissão ocorreu no território nacional.
Uma das maiores preocupações é a de que o vírus pode ser transmitido por dois mosquitos conhecidos de brasileiros: o Aedes aegypti e  o Aedes albopictus, ambos transmissores da dengue. O ciclo de transmissão da doença é mais rápido do que o da dengue. Bastam sete dias para que o mosquito contaminado possa transmitir a doença para a população.
Transmitido pela picada de mosquito infectado com o vírus CHIKV, o chikungunya provoca febre alta, dores de cabeça, erupção de pele, conjuntivite e dor nas articulações. Esta última, pode durar meses. O tratamento é feito com medicamentos para combater os sintomas da doença. Alguns pacientes precisam fazer fisioterapia para reduzir as dores nas articulações.
Chikungunya começou a se espalhar pelo mundo em 2013, quando a doença passou a afetar a região do Caribe. Desde então, foram encontrados casos em Venezuela e Guiania, Panamá, Porto Rico, Suriname. Cerca de 650 mil casos foram suspeitos , com 9 mil confirmados em laboratório. No Brasil, três casos importados haviam sido confirmados em 2010. O número saltou para 37 casos importados.
Os dois casos brasileiros foram confirmados semana passada. Os pacientes passam bem. De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, a maior preocupação para Chikungunya é de janeiro a maio. Ele não quis fazer previsões sobre a dimensão de uma eventual epidemia. 
Barbosa lembrou que a transmissão é rápida - a exemplo do que ocorre com a dengue. Mas ele observa que toda a população brasileira é suscetível. Barbosa afirmou que neste ano, o LIRAa, levantamento de infestação rápido de mosquitos será feito não apenas do Aedes aegypti, mas também do Aedes albopictus."Estamos nos preparando para o pior cenário. Se houver mosquito, pode haver transmissão. Não vale a pena apostar contra o chikungunya. É importante que todo município redobre os esforços de prevenção", disse Jarbas Barbosa.
O secretário afirmou que a campanha deste ano vai alertar sobre os riscos de chikungunya. 
(DOL, com informações do site MSN

Ex-diretor refuta ilações sobre Petrobras e revela contrato com Organizações Globo

CPI-PETROBRAS-10-06
FOTO: GUSTAVO BEZERRA/PT NA CÂMARA
O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto da Costa, refutou, na CPI do Senado que investiga supostas irregularidades na compra da refinaria de Pasadena, no Texas, ilações que tentam comprometer a Petrobras. Ele revelou também que sua empresa mantém negócios com as Organizações Globo. Paulo Roberto lembrou que passou mais de 50 dias preso e massacrado por setores da mídia, como a Globo, com quem mantém contrato.
 A revelação pelo foi um dos pontos marcantes da CPI, nesta terça-feira (10). Em seu relato, o ex-diretor confirmou que é o dono da empresa de consultoria Costa Global e que entre os seus contratados estão as Organizações Globo. “Para conhecimento de vocês, eu tenho um contrato assinado para vender uma ilha das Organizações Globo”, revelou.
De acordo com o ex-diretor, a ilha situa-se na rodovia Niterói-Manilha. Ele frisou que o contrato firmado com as organizações da família Marinho era para que a Costa Global procurasse um leasing imobiliário para vender a área. Segundo ele, o objetivo do negócio era dar apoio para a operação offshore que atuaria para empresas que trabalhavam com a Petrobras, com a Shell, e com outras empresas que têm atividades de produção na Bacia de Campos. “Até para as Organizações Globo estamos prestando serviço”, reafirmou Paulo Roberto.
O ex-dirigente disse ainda que constituiu a Costa Global em 2012, após sua saída da estatal. Ele contou que a sua filha, Arianna Azevedo Costa Bachmann é sua sócia e que a empresa possui 81 contratos firmados.
No decorrer de sua exposição, Paulo Roberto da Costa repudiou com veemência as “inveracidades” das acusações do Ministério Público contra a Petrobras e criticou o foco dado pela imprensa brasileira à questão.
“A Petrobras é uma empresa totalmente séria. Pode-se fazer auditoria por 50 anos dentro da Petrobras que não vão achar nada ilegal porque não há nada ilegal na Petrobras. Estão colocando a Petrobras na condição de uma empresa frágil”, afirmou. Ele observou que os controles dentro da estatal são enormes.
Abreu e Lima - Ele refutou as denúncias de suposto superfaturamento nos contratos da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. “Não é real. É uma ilação. Portanto, repudio veementemente essa suposição. Não existe organização criminosa. Não sei por que inventaram essa história. É uma história fora da realidade”, lamentou.
Operação Lava Jato – Paulo Roberto da Costa foi preso em março na Operação Lava Jato, desencadeada pela Polícia Federal.  A Operação da PF investigou esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Em seu depoimento ele foi enfático em afirmar que não existe lavagem de dinheiro da Petrobras com o doleiro Alberto Youssef, também preso pela PF.
“Não sei de onde tiraram essa história. A Polícia Federal, o MP deveriam aprofundar essa análise da Petrobras, que vão chegar à conclusão de que a Petrobras não é o que estão falando. A Petrobras é uma empresa que orgulha o povo brasileiro”, afirmou.
Pasadena Sobre a aquisição da refinaria de Pasadena, Paulo Roberto voltou a dizer o que os seus antecessores afirmaram em depoimentos na CPI.  “Naquele momento era um bom negócio. Ninguém coloca petróleo cru na indústria, no carro ou no avião. Ter refinaria é algo importante e estratégico”, reafirmou.
Benildes Rodrigues

Santarém do Meu Coração.






Fotos: Rozinaldo Garcia

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Boto Cor-de-Rosa é o campeão do Sairé 2014

O Boto Cor-de-Rosa é o campeão do Festival dos Botos do Sairé 2014. A apuração aconteceu no final tarde desta segunda-feira (15), no Sairódromo, na vila de Alter do Chão, município de Santarém. A programação do Sairé, considerado a maior e mais antiga manifestação cultural do oeste do Pará, foi iniciada na última quinta-feira (11), e levou mais de 100 mil visitantes a Alter do Chão. As agremiações Boto Tucuxi e Boto Cor-de-Rosa se apresentaram na noite de sábado (13), no Lago dos Botos. O Tucuxi levou para a arena o tema "Sairé pra Dançar", e o Cor-de-Rosa apresentou o "Puxirum da Amazônia”. Os dois espetáculos foram encerrados com a lenda do boto, o momento de sedução nos enredos.

Três jurados avaliaram 15 quesitos nas apresentações. Os jurados deste ano foram o desembargador, compositor e músico Vicente José Malheiros da Fonseca; o antropólogo e professor universitário Dirsom Medeiros, e o professor universitário e pesquisador Paride Bolletim. Foram avaliados os quesitos: Apresentador, Cantador, Rainha do Sairé, Cabocla Borari, Curandeiro, Rainha do Artesanato, Boto Homem Encantador, Boto Animal, Rainha do Lago Verde, Carimbó, Organização de Conjunto, Alegorias, Letra e Música, Ritual e Torcida.

A tranquilidade na apuração foi garantida com a presença da Polícia Militar. As duas torcidas chegaram cedo ao Sairódromo para acompanhar a apuração. As primeiras notas divulgadas foram a do jurado Vicente José Malheiros da Fonseca, e mostraram uma disputa acirrada entre as duas agremiações. Somente 30 minutos depois, com a divulgação da notas do último jurado, a torcida do Boto Cor-de-Rosa comemorou o título. A diferença foi de apenas 2,5 pontos. O “Cor-de-Rosa” conseguiu 446 pontos, e o Tucuxi, 443,5. O resultado foi comemorado nas ruas de Alter do Chão, ao som das músicas da agremiação

Todo o Sairé 2014 foi documentado por uma equipe do programa Domingão do Faustão, da Rede Globo, que vai exibir uma reportagem especial sobre o evento.
O rito religioso do Sairé foi encerrado pela manhã, com a derrubada dos mastros - levantados no início da festa, no dia 11.  (Fonte: Ag.Pará

Feliz Aniversário





No último domingo Dona Carmelita reuniu seus filhos e Amigos para comemorar seus 80 anos de vida, foi uma maravilha ver esse povo fazendo a festa de dona Carmelita, pois ela merece sempre.

Extrativistas e o povo da Amazônia com #LulaeDilma13noPará

Sempre que tem oportunidade, Dilma Rousseff reafirma seu compromisso com os trabalhadores do Brasil. Nesta quarta-feira (10), mais uma vez, isso aconteceu: “Eu quero dizer para vocês que nós não somos do tipo que muda de lado... Pode pressionar, a gente tem caráter”. E alertou: “Se ficar mudando de lado no primeiro buuu, tá roubado, vai mudar de lado a cada 5 minutos. Quem não tem força, não tem determinação pra ser presidente ou governador, que não se estabeleça. Não aguentam um twitter, quanto mais uma manchete negativa”.
O ex-presidente Lula acompanhou Dilma a evento em Belém (PA), onde realizaram um grande comício com o candidato a governador Helder Barbalho (PMDB) e Paulo Rocha (PT), candidato ao Senado. O comício contou com a presença de lideranças extrativistas da Amazônia que oficializaram seu apoio à candidata Dilma. Lula observou que “o povo sabe o que era o país 12 anos atrás, sobretudo a juventude que não tinha perspectiva de estudar depois que terminasse o Ensino Médio”, mas que, se depender de determinados meios de comunicação, as pessoas vão ter vontade de sair correndo do Brasil, tamanho é o pessimismo difundido.
Lula lembrou também de um sentimento que o corroía no início de seu primeiro mandato: “Eu pensava: enquanto eu dever pro FMI, eu não vou andar de cabeça erguida”. Hoje, o Brasil é credor do FMI - Fundo Monetário Internacional - e Lula anda de cabeça erguida, assim como todos nós, que temos uma presidenta que nos representa. Lula falou também do orgulho que sentiu pela postura de Dilma ao não ir para os Estados Unidos quando houve denúncias de que o país utilizava métodos de espionagem contra algumas nações, entre elas o Brasil.
O ex-presidente reforçou que o momento agora é de ir a todo lugar (reuniões, igreja, bar, encontros com amigos) e mostrar para as pessoas que é preciso reeleger a Dilma. “Temos que sair daqui com tarefas concretas para cumprir até dia 5 de outubro. Os adversários estão aí a falar mal da Dilma. Nós não estamos apenas prometendo um futuro. Nós temos coisas realizadas”, reforçou Lula. E Dilma hoje pode mesmo falar de futuro, porque muito foi feito e um futuro melhor pode ser almejado. Em seu discurso, ela observou que seu desejo é “que os filhos e netos de qualquer brasileiro e brasileira tenham as mesmas condições de crescer na vida”.
"Esse país era um país muito desigual. A gente sabe que as pessoas não são iguais, mas queremos que as oportunidades sejam as mesmas", afirmou. E lembrou que o Pará foi um dos lugares que mais recebeu profisisonais do Mais Médicos, porque tinha uma grande defasagem. Hoje, 2 milhões de pessoas são atendidas pelo programa no estado.
Dilma observou estar em um lugar muito especial do Brasil, com grandes riquezas e um patrimônio fantástico, que é a Amazônia. E deu boas notícias para a população local: “amanhã sai o edital para que nós façamos a contratação da empresa que construirá o canal que trará uma hidrovia pra cá". Para Dilma, a obra mudará a cara da região, permitindo que a produção de grãos possa sair pelo Norte do país.
A presidenta reafirmou seu compromisso com a criação de empregos, com a consolidação da hidrelétrica de Belo Monte, com a finalização da rodovia BR-163 e, principalmente, com o investimento em educação. Ela explicou todo o processo do pré-sal, da descoberta à extração de petróleo e falou de futuro, lembrando que foi a responsável por sancionar a lei que fará com que “toda riqueza que o governo tirar do petróleo, 75% vá pra educação e os 25% entre saúde e educação. Serão R$ 1,3 trilhão pra fazer creche para as nossas crianças, educação em tempo integral e pagar professor de forma decente, porque sem professor não tem educação de qualidade”

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

ARTISTAS ASSINAM MANIFESTO EM APOIO A DILMA


Lista é composta por atores renomados, como Osmar Prado, Paulo Betti e Matheus 
Nachtergaele, e personalidades da música, como Chico Buarque e as cantoras Beth Carvalho e 
Zezé Motta; entre os escritores estão Fernando Morais e Luis Fernando Veríssimo, além de 
intelectuais e jornalistas; "Os brasileiros decidem agora se o caminho em que o país está desde 
2003 é positivo e deve ser mantido, melhorado e aprofundado, ou se devemos voltar ao Brasil de 
antes - o do desemprego, da entrega, da pobreza e da humilhação", diz texto do manifesto

247 – Dezenas de artistas renomados, entre cantores, compositores, atores e escritores, além de 
jornalistas e intelectuais, assinam um manifesto de apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) 
em outubro. "Os brasileiros decidem agora se o caminho em que o país está desde 2003 é positivo e 
deve ser mantido, melhorado e aprofundado, ou se devemos voltar ao Brasil de antes - o do 
desemprego, da entrega, da pobreza e da humilhação", diz trecho do texto.
O manifesto, publicado no site manifesto.dilma.com.br, afirma ainda que "nunca o Brasil havia vivido 
um processo tão profundo e prolongado de mudança e de justiça social, reconhecendo e assegurando 
os direitos daqueles que sempre foram abandonados". Os artistas acreditam que "abandonar esse 
caminho para retomar fórmulas econômicas que protegem os privilegiados de sempre seria um enorme 
retrocesso".
"O brasileiro já pagou um preço demasiado para beneficiar os especuladores e os gananciosos. Não se 
pode admitir voltar atrás e eliminar os programas sociais, tirar do Estado sua responsabilidade básica e 
fundamental", prossegue o manifesto, ressaltando que o Brasil precisa reformular determinadas 
políticas e aprofundar transformações, mas que precisa "mudar avançando e não recuando". "O 
caminho iniciado por Lula e continuado por Dilma é o da primavera de todos os brasileiros. Por isso 
apoiamos Dilma Rousseff", conclui o texto.
Entre os que assinam estão atores famosos, como Osmar Prado, Paulo Betti e Matheus Nachtergaele, 
personalidades da música, como Chico Buarque e as cantoras Beth Carvalho e Zezé Motta. Entre os 
escritores estão Fernando Morais e Luis Fernando Veríssimo, além de intelectuais e jornalistas

sábado, 13 de setembro de 2014

O passeio a Tarde na Orla da Cidade.




Fotos: Rozinaldo Garcia

Vazamento mal calculado

Divulgação sem provas da delação de ex-diretor da Petrobras tem Dilma como alvo, mas ela ainda não foi atingida, mostram as pesquisas
por Mauricio Dias publicado 13/09/2014 04:13

Dilma
Segundo as pesquisas eleitorais, a delação do ex-diretor da Petrobras não prejudicaram a campanha de Dilma Rousseff.

Foi ação calculada o vazamento de acusações vagas, feitas pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, contra governadores, ministro, empresas e parlamentares da base governista integrantes de um suposto esquema de   corrupção nas entranhas da maior estatal brasileira, a empresa mais importante do País.
O juiz do processo, o rigoroso Sergio Moro, não gostou da publicidade dada a um depoimento, ainda incompleto, sob segredo de Justiça, criptografado e despregado dos fatos capazes de sustentá-lo.
Não há nada ocasional nessa história.A informação vazada e vazia de provas ocorreu em momento calculado, para embaralhar a eleição que parecia arrumada e projetava, como ainda projeta, um confronto de segundo turno entre Dilma Rousseff e Marina Silva.
Marina surpreendeu-se com a inclusão de Eduardo Campos na panela. Aécio ficou mais à vontade para atacar as duas opositoras.
O alvo era a candidatura da presidenta. Com o peso da autoridade e a imagem preservada pela seriedade, ela tem reafirmado constantemente um comprometimento profundo, política e administrativamente, com a Petrobras. Atingida por denúncias ainda em fase de apuração, as acusações provocariam mais danos à imagem da empresa e ricocheteariam na candidatura de Dilma.
Exceto pelo vaivém da Bolsa de Valores, provocado pelos adversários de sempre, os danos não ganharam a proporção desejada. Houve, ao contrário, bônus para os especuladores mais famintos.
No caso da candidata petista, isso se comprova com o resultado de três últimas pesquisas de institutos diferentes, realizadas praticamente no mesmo espaço de tempo. Ou seja, entre os dias 5 e 9 de setembro, logo após, portanto, de as acusações explodirem na mídia conservadora sempre sequiosa por boatos contra o governo e o PT.
Em resumo, Dilma, à frente, sobe. Marina, em segundo lugar, desce, e Aécio empaca em terceiro lugar.

As acusações provocaram, porém, efeito profundo no discurso dos candidatos. Os temas políticos, econômicos, o plano para governar, tudo foi sufocado pelo programa das acusações recíprocas. Nesses casos, quem está no poder, com o telhado de vidro sempre à disposição dos opositores, sai prejudicado.
Acusar é mais fácil do que debater.
Assim fez Aécio. E talvez não tenha tomado o melhor caminho para ele próprio. Atacou Marina, sua adversária imediata. Foi mais duro com Dilma como se tivesse gana de desconstruí-la como candidata.
A acusação tomou o lugar do debate temático, em que a presidenta Dilma, malgrado o seu fraco desempenho na oratória, tem um enorme estoque de realizações e propostas para apresentar ao eleitor.
A inconsistência das acusações, caso não surjam provas reais, fará a campanha voltar ao leito normal. É de se esperar. Os problemas brasileiros  vão muito além da corrupção gerada nos vícios de uma sociedade permissiva.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Os ABORTOS defendidos por Marina Silva


Por Robson Luis Andrade Araujo. João Pessoa-PB, 9 de setembro de 2014

Lendo atentamente o programa de governo da candidata a presidente da república Marina Silva (http://marinasilva.org.br/programa/), podemos identificar claramente algumas ideias fortemente defendidas pela “socialista” que representam grandes retrocessos para o nosso país e, conseqüentemente, para o nosso povo. Tais políticas representam verdadeiros ABORTOS dos avanços econômicos e sociais que vêm mudando a cara do Brasil desde o ano de 2003. 

A implantação do programa econômico da candidata Marina Silva que, diga-se de passagem, é em sua essência, o mesmo do candidato tucano Aécio Neves, irá interromper um ciclo de grande desenvolvimento da nossa sociedade, com geração de empregos, melhor distribuição de renda e muitos outros avanços; aumentando ainda mais os lucros do setor financeiro em detrimento da qualidade dos empregos e da renda da classe trabalhadora, e ampliando ainda mais a já absurda concentração de renda no nosso país.

Detalharemos aqui as propostas mais perigosas para o Brasil e para os Brasileiros, incluindo comentários sobre cada uma delas, numa linguagem de fácil compreensão, e informando a(s) página(s) do programa de governo da candidata onde está cada proposta, para que o leitor possa conferir a veracidade das informações.

Aborto nº 1) Assegurar a independência do Banco Central – Página 46, último parágrafo da primeira coluna – O Banco Central é responsável por importantíssimas políticas econômicas, dentre elas destaca-se a política monetária, que define a taxa básica de juros da nossa economia, através do COPOM (Comitê de Política Monetária), cujos membros com direito a voto são diretores executivos da instituição. Dar autonomia ao Banco Central significa passar para os bancos privados, que são os maiores credores da dívida do governo federal, o poder de aumentar os juros a serem pagos pelo governo, sem que este possa fazer absolutamente nada. Tal medida aumentará absurdamente a nossa dívida pública, ampliando ainda mais os lucros dos bancos privados e diminuindo a capacidade de investimento do país, provocando desemprego e recessão, trazendo a miséria para o nosso povo e aumentando as desigualdades sociais. Por falta de controle estatal do banco central americano, em 2008 a economia dos Estados Unidos foi levada a uma profunda crise que quase quebrou aquele país levou o resto do mundo junto. E, por isso, para evitar novas crises, o governo americano passou a intervir no banco central daquele país. Se a independência do Banco Central fez um estrago gigantesco na maior economia do mundo, imaginem o que pode fazer com a do Brasil. Ainda mais tenebrosa se torna essa proposta ao informar o programa de governo de Marina Silva que o modelo de funcionamento do Banco Central independente só será mais detalhado após as eleições (por quê?). Ou seja, ela quer que o povo brasileiro assine e a entregue um gigantesco cheque em branco.

Aborto nº 2) Corrigir os preços administrados que foram represados pelo governo atual – Página 46, terceiro parágrafo da segunda coluna – Os setores da economia cujos produtos têm seus preços controlados pelo Governo Federal (serviços telefônicos, derivados de petróleo, eletricidade e planos de saúde) são os únicos que efetivamente cumprem seu papel social, através da manutenção de seus preços em níveis que garantam o equilíbrio entre lucratividade e controle da inflação. Só para se ter uma ideia do estrago que essa política provocaria na nossa economia, a gasolina teria que aumentar em torno de 50% para refletir os aumentos do preço do petróleo no mercado internacional. Deixar os preços de tais produtos serem reajustados livremente, ao bel prazer do “deus mercado” apenas aumentará o custo de vida da população e, consequentemente, a inflação que corrói a renda da população.

Aborto nº 3) Reduzir a indexação da economia – Página 46, quarto parágrafo da segunda coluna – A dexindexação da economia  foi implementada inicialmente por Collor com a desculpa de combater a inflação e provocou grandes prejuízos à população, em especial à classe trabalhadora. Por causa dessa política o FGTS, que é patrimônio dos trabalhadores, acumula perdas de aproximadamente R$ 300 bilhões com a “correção monetária” inferior à inflação, tendo como referência a TR, que está próxima de zero há anos. O que efetivamente funcionou no combate à inflação foi a política oposta. Durante o governo de Itamar, com a criação da URV, que seria a transição para o Real, absolutamente tudo ficou indexado à inflação através da URV que tinha seu valor revisado diariamente de acordo com a variação dos preços. Tal estratégia acabou com a cultura do aumento de preços ao fazer com que sempre que os preços ao consumidor aumentassem, todos os custos das empresas aumentavam junto, tornando a remarcação de preços desvantajosa. Hoje a maioria das categorias profissionais negociam anualmente reajustes em seus salários superiores à inflação (inflação + ganho real). O próprio salário mínimo tem uma política de reajustes indexados à inflação. A mudança dessa política irá trazer apenas prejuízos para os trabalhadores da ativa e aposentados; achatando salários, diminuindo o poder de consumo, prejudicando a produção, gerando desemprego e afastando investimentos internacionais.

Aborto nº 4) Aumentar a participação de bancos privados no crédito subsidiado para a agropecuária e habitação popular – Página 60, último parágrafo da segunda coluna – Na prática isso significa diminuir a importância dos bancos públicos na operacionalização dos programas de governo como PRONAF e MINHA CASA MINHA VIDA. Tais programas são o que diferencia os bancos oficiais dos privados, que são a grande razão da própria existência de bancos federais. A implantação desse tipo de política pode ser ainda mais danosa aos bancos públicos do que o desmonte iniciado por FHC, com a finalidade de privatizar tais instituições.

Aborto nº 5) Eliminar os direcionamentos obrigatórios (de aplicações em poupança) – Página 61, primeiro parágrafo – Essa medida reduziria em aproximadamente R$ 200 bilhões/ano os recursos destinados ao financiamento habitacional. Atualmente 65% dos recursos aplicados em poupança são direcionados, obrigatoriamente, para o Sistema Financeiro de Habitação. Sem essa obrigatoriedade, os bancos vão preferir utilizar os recursos disponíveis em linhas de crédito comercial, que proporcionam lucros muito maiores devido às elevadas taxas de juros cobradas, em detrimento do financiamento habitacional que, além de facilitar a compra da casa própria para a população, gera milhões de empregos no setor da construção civil e nas indústrias que compõem toda a sua cadeia produtiva. Diminuiria-se também o crédito para a agropecuária em R$ 76 bilhões/ano e para o microcrédito em R$ 6,15 bilhões/ano. Essa política, na prática, representa o desmonte dos bancos oficiais do país.

Aborto nº 6) Ampla defesa da terceirização, inclusive de atividades fins, como fator essencial para o desenvolvimento dos setores de comércio e serviços – Páginas 75 e 76 – Ao contrário do que argumenta a candidata, a terceirização não aumente a quantidade de empregos nem a eficiência das empresas. A terceirização apenas aumenta os já exorbitantes lucros das grandes empresas, especialmente dos bancos (maiores interessados na escancaração das terceirizações), em detrimento dos salários demais direitos dos trabalhadores. Um exemplo bastante óbvio desse problema é o caso da categoria bancária: Um bancário ganha mensalmente, incluindo auxílios refeição e alimentação, no mínimo R$ 3 mil, com jornada de trabalho de 30 horas semanais e vários outros benefícios conquistados em décadas de luta como planos de saúde e previdência complementar, ambos subsidiados no todo ou em parte pelos empregadores. Se os bancos pudessem terceirizar sua atividade fim, substituiriam os bancários por trabalhadores terceirizados com jornada semanal de 44 horas e renda mensal de, por exemplo, R$ 1 mil, sem nenhum benefício adicional. Em resumo, a terceirização beneficia apenas as grandes empresas, substituindo bons empregos por relações de trabalho precarizadas. Isso ocorreu no México nos anos de 1990, quando foi criada uma Lei que permitia a terceirização de qualquer atividade. Em apenas dois anos a categoria bancária daquele país foi quase extinta.
 
Fica claro para qualquer cidadão com o mínimo de bom senso que a implantação dessas políticas econômicas trará como consequência um grande desastre para todas as classes sociais, beneficiando apenas um pequeno grupo de pessoas que dominam os bancos privados do país. Tudo isso tem o poder nefasto de interromper a gradativa transformação do nosso capitalismo selvagem (com extrema concentração de riquezas nas mãos de poucos) num capitalismo evoluído e distributivo, que vem sendo realizada pelos governos populares que temos desde o ano de 2003. Em suma, o programa de governo da candidata Marina Silva representa o ABORTO da modernidade do Estado Brasileiro, que ainda está na fase embrionária de desenvolvimento, mas crescendo em ritmo acelerado.

Gustavo Castanon: Marina, a candidata da mudança

não restam dúvidas que Marina é a candidata da mudança. Ela muda sem parar. Essa é sua chamada Nova Política, uma mudança nova a cada dia.


Arquivo
Há um sentimento de mudança no ar. 12 anos de governo do PT desgastaram o partido na opinião pública. É natural. As contradições inevitáveis do exercício do poder, a relação com um congresso fisiológico, os interesses contrariados, os acordos inerentes à democracia, os escândalos. É mesmo surpreendente que chegue ao cabo desse período ainda como o partido de um quarto dos brasileiros e tendo o voto de metade deles.

Nesse cenário, surge a candidatura de Marina Silva, que encarna, sem sombra de dúvidas, a mudança, como provarei com os links abaixo. A começar pela mudança do cenário eleitoral. Depois de um suspeito desastre de avião (que alguns acreditam se tratar de um assassinato), Marina assumiu o lugar de Eduardo Campos como a candidata do PSB à presidência.

O compromisso de Marina com a mudança não é recente. Ele já se deixava sentir quando ela mudou de religião há poucos anos, abandonando o catolicismo de opção pelos pobres e abraçando o fundamentalismo da Assembleia de Deus, que tem entre seus quadros Silas Malafaia e Marcos Feliciano, e acredita que discursos inflamados e emissões vocais desordenadas são manifestações do próprio Espírito de Deus.

Depois Marina mais uma vez mudou quando saiu do PT por ter sido preterida na disputa interna do partido pela candidatura à presidência. Desde então ela iniciou um processo de mudança de crenças políticas que a tornou uma opção para os grandes meios de comunicação, os bancos e a classe média alta.

Primeiro mudou-se para o PV, ganhou apoio do Itaú, finalmente concorreu à presidência, perdeu, mas não desanimou. Tentou mudar o então partido assumindo-lhe o controle, mas como não conseguiu, mudou de novo e tentou criar a Rede. Também não conseguiu apoio suficiente para criar um novo partido,e então mudou-se, de novo, para o PSB. A ecologista aproveitou a mudança e mudou-se para um apartamento em São Paulo de um fazendeiro do DEM.

Num golpe de sorte, mudou de ideia na última hora e não embarcou com Eduardo no jato que o matou. Logo depois da tragédia, Marina mudou do papel de vice para o de viúva, declarando ter sido consolada da morte de Campos pela própria esposa dele. Com a má repercussão da declaração, ela mudou de postura e apareceu sorridente em seu velório posando para fotos ao lado de seu caixão.

E a mudança não parou mais. Mudou o CNPJ da campanha para não ser responsabilizada pelas irregularidades do jato fantasma de sua campanha nem indenizar as famílias atingidas pela tragédia. A pacifista mudou seu compromisso da “Rede” que proibia os candidatos pela legenda de receber doações de indústrias de agrotóxicos, de armas e de bebidas, e compôs chapa com o deputado federal Beto Albuquerque, político integrante da “bancada da bala”, financiada pela indústria bélica. Ele também é financiado por fabricantes de bebidas e agrotóxicos.

E mais mudança veio com um programa de governo que contrariava toda a sua história. Prometeu ao Brasil a volta da gestão econômica do PSDB. Mudou sua posição contrária à independência do Banco Central para garantir o apoio dos bancos brasileiros. Mais do que isso, prometeu mudar a legislação trabalhista promovendo a terceirização em massa, e prometeu acabar com a obrigatoriedade de função social de parte do crédito bancário, enterrando o crédito imobiliário. Mas isso não era mudança suficiente. Depois de quatro twittes ameaçadores de Silas Malafaia mudou a mudança do programa e se declarou contra o casamento gay.

Depois de um editorial do Globo, também mudou a sua posição sobre o pré-sal, que prometera abandonar, e depois, mudou a posição sobre a energia nuclear. Depois de uma vida de batalha contra os transgênicos, Marina, pressionada pelo agronegócio, também mudou e abandonou seus compromissos ecológicos.

Mudou também sobre a transparência política. O ministro Palocci caiu por não revelar os nomes das empresas que contrataram seus serviços antes do governo. Mas ela hoje, candidata, se nega a dizer a origem de 1.6 milhões de seus rendimentos, e declarou um patrimônio de somente 135 mil reais ao TSE. Uma senadora da República.

Finalmente, há três dias Marina mudou sua opinião sobre a tortura, que antes considerava crime imprescritível, e passou a ser contrária a revisão da lei de anistia. Ontem, ganhou o apoio do Clube Militar. Marina muda tanto que acabou por declarar seu programa de governo todo em processo de revisão. Isso é realmente novo na política. Ela é a primeira candidata da história do Brasil que descumpre seu programa de governo antes de chegar ao poder.

Por tudo isso, não restam dúvidas que Marina é a candidata da mudança. Ela muda sem parar. Essa é sua “Nova Política”, uma mudança nova a cada dia. Não é possível acompanhar a labilidade de seu caráter ou de sua mente. Ou ela mente. Não importa. O que importa é que Marina representa a mudança, a mudança de um Brasil aberto e tolerante para um Brasil refém da intolerância fundamentalista, de um Brasil voltado para sanar a dívida com seu povo humilde para um Brasil escravo de seus bancos, de um Brasil democrático para um Brasil mergulhado em crise institucional.

Por isso eu mudei também. Entrego essa semana meu pedido de desfiliação do PSB e cerro fileiras contra essa terrível mudança que ameaça nosso país. Não é possível submeter o Brasil a essa catástrofe. Marina Silva é uma alma em liquidação. Qualquer um pode exigir que ela mude uma posição por um punhado de votos. Mas aproveitem logo. Essa promoção é por tempo limitado.

(*) Gustavo Arja Castañon é doutor em psicologia e professor de filosofia da Universidade Federal de Juiz de Fora. Colabora com o “Quem tem medo da democracia?”, onde mantém a coluna “Non abbiate paura