Depois de se apresentar em Palmas, Florianópolis, Brasília, Goiânia e Campo Grande, o NGD encerra sua turnê na capital paraense, com apresentação de espetáculo, oficina de dança e palestra. A circulação do espetáculo “Última Gota” é fomentada pelo Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2010, em execução em 2011. “Vamos para as regiões Sul, Centro-Oeste e Norte para ampliar a divulgação do trabalho. Ano que vem o grupo completa 10 anos. Precisamos romper fronteiras”, planeja William Bernardes, coordenador geral do grupo. “Antes de sair pelo Brasil, o grupo fez a lição de casa e já havia se apresentado em várias cidades goianas, como Porangatu, Pirenópolis, Jaraguá e Quirinópolis.”, complementa William.
“Última Gota” foi estreado em 2009 e desde então já integrou a programação de vários festivais como Festival de Dança de Juiz de Fora, Festival Internacional de Dança Paralelo 16, Festival de Artes Cênicas de Jaraguá, Festival de Artes de Goiás e Festival Danza en la Ciudad, em Bogotá (Colômbia). O espetáculo tem como tema as situações em que os limites individuais são questionados. “São situações de angústia, de dúvida e de procura que tratam de limites e de superação”, analisa Cristiane Santos, coreógrafa residente do grupo desde sua fundação em 2002.
Neste ponto, a própria temática da coreografia parece se inspirar no histórico do grupo. Criado como um núcleo experimental para alunos do Ensino Médio do antigo CEFET-GO (hoje IFG), o NGD desvinculou-se da instituição em 2004 para trilhar os caminhos de um grupo independente. Os bons resultados colhidos pelo trabalho desenvolvido sempre foram motivação para dar continuidade. “Goiânia tem um mercado de dança frágil. Além da burocracia, é difícil encontrar bailarinos profissionais e qualificados”, desabafa Cristiane.