quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Nômades mostra sua dança no Teatro Cuíra

O Nômades Grupo de Dança (NGD) apresenta o espetáculo “Última Gota” nos dias 5 e 6 de novembro, às 20h, no Teatro Cuíra, em Belém, com ingressos a R$ 15. No dia 4, será iniciada uma oficina de dança contemporânea com a coreógrafa Cristiane Santos. No dia 5, tem palestra no IAP, sobre o Corpo e Contemporaneidade com Paulo Paixão, professor da UFPA.

Depois de se apresentar em Palmas, Florianópolis, Brasília, Goiânia e Campo Grande, o NGD encerra sua turnê na capital paraense, com apresentação de espetáculo, oficina de dança e palestra. A circulação do espetáculo “Última Gota” é fomentada pelo Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2010, em execução em 2011. “Vamos para as regiões Sul, Centro-Oeste e Norte para ampliar a divulgação do trabalho. Ano que vem o grupo completa 10 anos. Precisamos romper fronteiras”, planeja William Bernardes, coordenador geral do grupo. “Antes de sair pelo Brasil, o grupo fez a lição de casa e já havia se apresentado em várias cidades goianas, como Porangatu, Pirenópolis, Jaraguá e Quirinópolis.”, complementa William.

“Última Gota” foi estreado em 2009 e desde então já integrou a programação de vários festivais como Festival de Dança de Juiz de Fora, Festival Internacional de Dança Paralelo 16, Festival de Artes Cênicas de Jaraguá, Festival de Artes de Goiás e Festival Danza en la Ciudad, em Bogotá (Colômbia). O espetáculo tem como tema as situações em que os limites individuais são questionados. “São situações de angústia, de dúvida e de procura que tratam de limites e de superação”, analisa Cristiane Santos, coreógrafa residente do grupo desde sua fundação em 2002.

Neste ponto, a própria temática da coreografia parece se inspirar no histórico do grupo. Criado como um núcleo experimental para alunos do Ensino Médio do antigo CEFET-GO (hoje IFG), o NGD desvinculou-se da instituição em 2004 para trilhar os caminhos de um grupo independente. Os bons resultados colhidos pelo trabalho desenvolvido sempre foram motivação para dar continuidade. “Goiânia tem um mercado de dança frágil. Além da burocracia, é difícil encontrar bailarinos profissionais e qualificados”, desabafa Cristiane. 


O grupo mantém uma rotina de ensaios diários e está sempre engajado em programas de formação de público junto às secretarias de Educação e Cultura da Prefeitura de Goiânia. “Já dançamos até em presídio. E em inúmeras escolas da periferia. Sem iniciativas como essa, dificilmente entraríamos em contato com esse público que não tem oportunidade e costume de ir ao centro e frequentar teatros”, calcula o coordenador William.