segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

EU sabia.

O Flamengo brigou, lutou e nesta segunda-feira, enfim, teve o reconhecimento do título brasileiro de 1987. A presidente Patrícia Amorim se encontrou com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, na Barra, para formalizar o fim da polêmica questão.


Agora, para a CBF, houve dois campeonatos brasileiros naquele ano, um conquistado pelo Fla, outro pelo Sport. Inter e Guarani são os vices.

- Com o a unificação dos títulos no ano passado, há outros casos de dois campeões no mesmo ano. Foi passado a limpo o futebol brasileiro - disse Ricardo Teixeira, que no ano passado divulgou parecer contundente afirmando que o Flamengo não era o campeão de 1987.
O diretor jurídico da CBF, Carlos Eugênio Lopes, garantiu que a entidade tomou a decisão respaldada legalmente.

- O Flamengo apresentou no início de fevereiro um estudo complexo pedindo que a CBF reconsiderasse a decisão de 1987 e reconhecesse o Flamengo como campeão junto com o Sport. O presidente Ricardo Teixeira repassou para mim o estudo e, diante dos novos argumentos, vimos que seria justo e isso não causaria problemas jurídicos a ninguém - disse.

Zinho. Time do Flamengo de 1987 só teve um jogador que não passou pela Seleção (Foto: Reprodução)

Carlos Eugênio Lopes considerou os argumentos do Flamengo bastante convincentes e lembrou que após a unificação dos títulos desde 1959 seria injusto não resolver a pendência da Copa União. Na cerimônia de distribuição das faixas, em dezembro do ano passado, Ricardo Teixeira disse que, como havia uma decisão judicial transitada em julgado a favor do Sport, poderia ser preso se desse a taça aos rubro-negros. A diretoria do Flamengo respondeu com ironia. Em nota oficial, os dirigentes afirmaram que, se Teixeira viesse a ser preso, não seria pela polêmica de 87.

Nesta segunda, o diretor jurídico da CBF garantiu que, judicialmente, não há o que o Sport contestar.

- O estudo enviado pelo Flamengo tem vários anexos, inclusive um documento em que o Sport reconhece o Flamengo também como campeão em 87 -afirmou.

Patrícia Amorim comemorou muito a vitória nos bastidores.

 Esse é um dia histórico para o Flamengo. Quero homenagear todos os jogadores da campanha de 87 e o técnico Carlinhos. Vocês são agora os legítimos campeões de 87, e o Flamengo tem de direito seis títulos de campeão brasileiro - disse, em entrevista ao site oficial da CBF.

Longa batalha política

Em abril de 2010, a CBF havia batido o martelo de que a Taça das Bolinhas deveria ser entregue ao São Paulo, oficialmente considerado o primeiro time a ganhar cinco vezes o Brasileiro. Na ocasião, Ricardo Teixeira disse que a decisão era irrevogável. Dois dias antes, Fábio Koff havia sido reeleito presidente do Clube dos 13 com apoio de Patrícia Amorim. Ricardo Teixeira preferia que o eleito fosse Kléber Leite.

Na eleição de Koff, Patrícia estava ao lado de Juvenal Juvêncio, presidente do São Paulo. Na semana passada, o dirigente tricolor recebeu oficialmente a Taça das Bolinhas, apesar dos protestos da diretoria rubro-negra. A CBF argumenta que a taça foi entregue pela Caixa Econômica Federal.

No site oficial tricolor, Juvenal Juvêncio publicou uma carta para dar satisfação a Patrícia Amorim sobre o caso. O presidente foi respeitoso, elogiou Patrícia, mas argumentou que não poderia abrir mão de um troféu "que materializa o símbolo de algumas das mais importantes conquistas desportivas dessa entidade". No dia da entrega da taça, Juvenal comentou que "ia se deliciar" com o troféu.

O Flamengo respondeu com um pedido de busca e apreensão na 50ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio.

Mortes por Dengue assustam população santarena


Laudo confirmou morte do fotógrafo Alfonso Jimenez por Dengue Hemorrágica

Até agora não foi confirmado pelas autoridades de saúde de Santarém, mas as mortes do professor da UFOPA, Carlos Henrique, ocorrida na quinta-feira à tarde no Hospital Municipal de Santarém e a do fotógrafo Alfonso Jimenez, na sexta-feira pela manhã, no Hospital da Unimed, podem ter sido provocadas por Dengue Hemorrágica.

O professor Carlos Henrique estava há mais de 40 dias em Alenquer, onde foi implantar o núcleo da UFOPA naquela cidade. Ele começou a sentir-se mal e ficou internado por dois dias no Hospital Santo Antônio, daquela cidade, porém, na quinta-feira seus familiares resolveram fretar um avião e o trouxeram para Santarém, onde foi atendido no Hospital Municipal pelo médico Gilvandro Valente, mas seu quadro clínico já estava grave e ele faleceu. O laudo médico diz que ele morreu de pneumonia, mas todos afirmam que foi Dengue Hemorrágica.

O fotógrafo Alfonso Jimenez foi internado no hospital da Unimed, na quinta-feira à noite, com sintomas de Dengue. Seu quadro clínico piorou e ele faleceu na manhã de sexta-feira.

As duas mortes em menos de dois dias e a crise em que está a saúde de Santarém, com a demissão da diretora do Hospital Municipal e também demissão de médicos e enfermeiros, deixou assustada a população santarena e das cidades vizinhas. O caso é sério e deve ser olhado com bastante cuidado pelas autoridades da área de saúde.




Deputado se destaca na Assembléia Legislativa

Em pouco tempo de mandato, em sua primeira legislatura, o deputado estadual Zé Maria (PT) se revela como um dos mais atuantes, em número de projetos de Lei apresentados em sessão legislativa na ALEPA. Uma vitória e motivo de orgulho para este humilde filho de Juruti, que faz da tribuna estadual uma ferramenta de luta em favor da região Oeste do Pará.



Integração dos municípios paraenses, Dia Nacional de Luta contra os assassinatos no campo e bom funcionamento da Ufopa estão entre os projetos de lei que foram apresentados pelo deputado petista Zé Maria na Assembléia legislativa do Pará.



Em menos de um mês de atuação no Legislativo Estadual, o parlamentar que se orgulha de suas origens na região Oeste do Pará (nasceu em Juruti), está sendo reconhecido como um dos que ocupa a tribuna legislativa para apresentar grande parte dos projetos de lei estaduais.



Projetos apresentados - Por ter suas origens na região Oeste do Pará, o deputado Zé Maria, (PT), como é conhecido, iniciou seu mandato parlamentar apresentando Projeto de Lei que valoriza e integra os municípios pertencentes ao Oeste paraense.



Através desse projeto, o Deputado petista pretende instituir na Alepa a Comissão da região Oeste, formada preferencialmente por deputados oriundos dessa região. Atualmente a Assembléia Legislativa do Pará conta com 10 representantes parlamentares do Oeste paraense. Esta comissão será responsável em discutir e opinar sobre diversos assuntos: desenvolvimento regional e limites legais; valorização econômica; assuntos indígenas; caça, pesca, fauna e flora e sua regulamentação; exploração dos recursos minerais, vegetais e hídricos; turismo; desenvolvimento sustentável e dotações orçamentárias para a região.



O deputado Zé Maria esclarece que a proposta legislativa foi elaborada nos mesmos moldes e fundamentos que deram base para a criação da Comissão da Amazônia, existente na Câmara Federal.



UFOPA – Através de requerimento, o deputado Zé Maria solicitou a realização de uma sessão especial na ALEPA para discutir a situação da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA). O documento foi assinado em conjunto com o também deputado petista Airton Faleiro. Devem ser convidados para a sessão, os representantes da UFOPA e representante da Prefeitura Municipal de Santarém.



Casas próprias - Zé Maria também apresentou projeto que prevê a realização de sorteio para aquisição de casa própria em conjunto habitacional construído pelo governo do Estado do Pará. O sorteio deverá acontecer em reunião pública, em local que será amplamente divulgado pela mídia. Para sua realização deverão ser convidadas, além da imprensa, associações de mutuários, autoridades e demais representantes da sociedade civil. O sorteio deverá ser realizado de forma clara, transparente, sem deixar quaisquer dúvidas sobre a lisura de sua realização.



Morte no campo – Por ser um filho da região Oeste do Pará e ter profundos conhecimentos sobre os conflitos agrários, o deputado Zé Maria apresentou na tribuna da ALEPA um projeto de Lei que pretende instituir a data de 02 de fevereiro, dia em que foi assassinada a missionária Dorothy Stang, no município de Anapú, como “Dia Estadual de Luta Contra Assassinatos no Campo”. Se aprovada, a Lei estadual vai autorizar o desenvolvimento de campanhas de combate ao número sempre crescente de mortes envolvendo pessoas que moram e tiram seu sustento do campo, além de contribuir para a tão sonhada Paz no Campo e final dos conflitos que na maioria das vezes acaba em assassinatos.



De acordo com a proposta, a data de 02 de fevereiro será destinada a homenagear pessoas que morreram lutando por uma vida mais digna, assim como para discussão dos casos judiciais que envolvam o tema, e principalmente para apresentação de propostas políticas, econômicas e sociais, que pretendam combater, diminuir e erradicar essa triste realidade.



O deputado Zé Maria mostra que na tribuna da Assembléia Legislativa será uma voz sempre constante quando o assunto tornar obrigatória uma luta mais firme em favor dos interesses dos habitantes da região Oeste do Pará.




Violência.

APESAR DE CHOCANTE, Nº VEM CAINDO NOS ÚLTIMOS ANOS - ERAM 8 HÁ UMA DÉCADA; 8% DOS HOMENS ADMITEM JÁ TER AGREDIDO A COMPANHEIRA


Flávia Tavares, O Estado de S.Paulo - Noblat

Pesquisa feita pela Fundação Perseu Abramo em parceria com o Sesc projeta uma chocante estatística: a cada dois minutos, cinco mulheres são agredidas violentamente no Brasil. E já foi pior: há 10 anos, eram oito as mulheres espancadas no mesmo intervalo.

Realizada em 25 Estados, a pesquisa Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado ouviu em agosto do ano passado 2.365 mulheres e 1.181 homens com mais de 15 anos. Aborda diversos temas e complementa estudo similar de 2001. Mas a parte que salta aos olhos é, novamente, a da violência doméstica.

"Os dados mostram que a violência contra a mulher não é um problema privado, de casal. É social e exige políticas públicas", diz Gustavo Venturi, professor da USP e supervisor da pesquisa.

Para chegar à estimativa de mais de duas mulheres agredidas por minuto, os pesquisadores partiram da amostra para fazer uma projeção nacional. Concluíram que 7,2 milhões de mulheres com mais de 15 anos já sofreram agressões - 1,3 milhão nos 12 meses que antecederam a pesquisa.

A pequena diminuição do número de mulheres agredidas entre 2001 e 2010 pode ser atribuída, em parte, à Lei Maria da Penha. "A lei é uma expressão da crescente consciência do problema da violência contra as mulheres", afirma Venturi.

IMAGEM DA AMAZÔNIA.


Foto: Rozinaldo Garcia.