terça-feira, 13 de setembro de 2011

Patricia Amorim envia mensagem a Ronaldinho e não banca permanência de Vanderlei Luxemburgo


Foto: Patricia Amorim quer saber o que está acontecendo com o time do Flamengo / Fernando Maia
Marluci Martins
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Se na bola o Flamengo não consegue quebrar a sequência de jogos sem vitórias, é com o celular que a presidente Patricia Amorim tenta fazer gol. Após a derrota para o Atlético-PR, domingo, a dirigente decidiu chamar o líder do time, Ronaldinho Gaúcho, para uma conversa. Enviou-lhe um torpedo, como quem quisesse ajuda para identificar o problema que contaminou o grupo.
— Mandei uma mensagem para o Ronaldo, dizendo a ele que estou à disposição para uma conversa. Só não telefonei porque todo mundo fica de cabeça quente depois de uma derrota. Mas ele viajou ao encontro da seleção — disse Patricia.
O encontro com o líder do time não tem data programada, mas a presidente do clube não vai ficar de braços cruzados. Amanhã, dia da reapresentação do elenco, Patricia irá ao Ninho do Urubu. E tentará adaptar sua agenda para repetir a visita aos jogadores na sexta e no sábado, véspera do clássico diante do Botafogo.
— Talvez, eu tenha de estar mais presente para uma conversa olho no olho. Sou uma só, mas vou me dividir em trezentas — afirmou Patricia, decidida a fazer uma reunião com o time.
O tom da conversa será ameno. A presidente não enxerga nenhum foco de insatisfação no grupo. Segundo ela, as premiações referentes ao título estadual já foram pagas, e os salários estão em dia. Apenas os direitos de imagem de Deivid estão atrasados. E as luvas de alguns jogadores estão sendo pagas em três parcelas.
— Vou cobrar, mas com habilidade. Não estou vendo os jogadores com a motivação de antes. Mas se o problema fosse financeiro, o Ronaldo já tinha me chamado para conversar. A premiação extra pela conquista invicta do Estadual foi paga há um mês. Os jogadores reclamaram e na mesma semana a gente pagou — disse.
Patricia não banca Luxa
A presidente jura que não vai entrar no clima de contestação da torcida, mas não chega a bancar a permanência do técnico Vanderlei Luxemburgo, embora garanta estar satisfeita com seu trabalho até agora.
— A questão não é bancar ou não o Vanderlei. Chegamos a uma situação desconfortável, mas, antes, fomos campeões estaduais. A gente tem que ir analisando rodada por rodada. O próprio treinador, que é experiente, lê, ouve e percebe as coisas. Ele não é um amador que chegou ontem. É lógico que a torcida está ficando impaciente, mas não estou no estágio de tomar uma decisão em cima da emoção. Ainda não estamos numa situação de desequilíbrio. Digamos que a luz vermelha acendeu — destacou Patricia.

Linha dura contra as festinhas

A notícia de que alguns jogadores estiveram numa festa na Rocinha — após o jogo contra o Bahia — deixou Patricia Amorim em estado de alerta. A dirigente, que num passado recente sofreu na pele com as aventuras de Bruno, Adriano e Vagner Love, não vai admitir que históricos semelhantes se repitam no clube.
— Não trabalhamos esse ano todo para que essas coisas voltem a acontecer. Não tenho como aceitar. Não quero mais esse tipo de coisa no Flamengo — decretou.
A dirigente, porém, frisou que não recebeu de fontes confiáveis a informação da festa na Rocinha.
— Ouvi em tom de fofoca e espero que não seja verdade. Eu não gostaria de ter de passar novamente por problema semelhante — destacou, preocupada, lembrando que, hoje, duas cláusulas inseridas nos contratos dos jogadores protegem o Flamengo de episódios que possam manchar a sua imagem.
Quanto ao episódio do pum, que abalou Vanderlei Luxemburgo, Patricia prefere não buscar fantasmas:
— Será que não foi sem querer?

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