quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Último dia dos IV Jogos Indígenas do Pará

 Fotos: Fernando Sette



Fotos: Raimundo Paccó
Foto: Ray Nonato
Os IV Jogos Tradicionais Indígenas do Pará estão mostrando ao mundo rituais sagrados, lutas, danças, folguedos, manifestações culturais das 15 etnias participantes, sempre com lições ambientais. “O gavião costuma caçar na mata, mas, com os desmatamentos, ele não tem onde caçar e invade as aldeias em busca de alimento. Essa dança simboliza os ‘parentes’ defendendo suas caças do gavião faminto”, explicou o cacique Edson Xerente, ao mostrar a dança de seu povo. Os Munduruku fizeram a dança do Matrinxã, em que mulheres e homens agitam-se graciosamente numa grande roda. Os Kayapó apresentaram a dança do Marimbondo. Os Wai Wai mostraram a dança dos caçadores, feita sempre que chegam à aldeia depois de uma boa caçada, os guerreiros entrando em fila, segurando seus instrumentos de caça, circundando a arena num passo cadenciado, agitando arcos e flechas de um lado a outro. 

Os Pataxó, da Bahia, depois de uma luta corporal de guerreiros que querem casar, na qual mostram para a família da cunhã pretendida que já têm condições físicas de sustentar a mulher e a nova família, agradeceram a hospitalidade da população da comunidade de Bacuriteua, em Marapanim. “Já estivemos aqui alguns anos atrás e voltamos hoje para ver como estava o lugar. Fomos muito bem recebidos. Os moradores nos mostraram tudo e nos levaram até o rio. Gostamos muito de vir aqui porque os paraenses são sempre muito carinhosos com nosso povo”, disse o cacique Tibira, que, ao final, jogou colares para o público. 

Ontem, teve a dança da farinhada e do encanto do boto e, depois, todo mundo caiu no carimbó. Hoje, último dia de jogos, a coordenação promete um encerramento para ficar na memória de indígenas e não indígenas, com direito a show pirotécnico, entre muitas outras atrações. A programação começa agora de manhã, com a corrida de fundo, de cinco mil metros, pelas ruas de Marudá, e encerra ao por do sol.

(com informações da jornalista Dedé Mesquita)

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