Fotos: Fernando Sette
Fotos: Raimundo Paccó
Foto: Ray Nonato
Os
IV Jogos Tradicionais Indígenas do Pará estão mostrando ao mundo
rituais sagrados, lutas, danças, folguedos, manifestações culturais das
15 etnias participantes, sempre com lições ambientais. “O
gavião costuma caçar na mata, mas, com os desmatamentos, ele não tem
onde caçar e invade as aldeias em busca de alimento. Essa dança
simboliza os ‘parentes’ defendendo suas caças do gavião faminto”,
explicou o cacique Edson Xerente, ao mostrar a dança de seu povo.
Os Munduruku fizeram a dança do Matrinxã, em que mulheres e homens
agitam-se graciosamente numa grande roda. Os Kayapó apresentaram a dança
do Marimbondo. Os Wai Wai mostraram a dança dos caçadores, feita sempre
que chegam à aldeia depois de uma boa caçada, os guerreiros entrando em
fila, segurando seus instrumentos de caça, circundando a arena num
passo cadenciado, agitando arcos e flechas de um lado a outro.
Os
Pataxó, da Bahia, depois de uma luta corporal de guerreiros que querem
casar, na qual mostram para a família da cunhã pretendida que já têm
condições físicas de sustentar a mulher e a nova família, agradeceram a
hospitalidade da população da comunidade de Bacuriteua, em Marapanim. “Já
estivemos aqui alguns anos atrás e voltamos hoje para ver como estava o
lugar. Fomos muito bem recebidos. Os moradores nos mostraram tudo e nos
levaram até o rio. Gostamos muito de vir aqui porque os paraenses são
sempre muito carinhosos com nosso povo”, disse o cacique Tibira, que, ao final, jogou colares para o público.
Ontem,
teve a dança da farinhada e do encanto do boto e, depois, todo mundo
caiu no carimbó. Hoje, último dia de jogos, a coordenação promete um
encerramento para ficar na memória de indígenas e não indígenas, com
direito a show pirotécnico, entre muitas outras atrações. A programação
começa agora de manhã, com a corrida de fundo, de cinco mil metros,
pelas ruas de Marudá, e encerra ao por do sol.
(com informações da jornalista Dedé Mesquita)
Nenhum comentário:
Postar um comentário