sexta-feira, 15 de abril de 2016
CAOS PRÓ DILMA:
Salvador amanhece sem ônibus e bancários paralisados
Nesta sexta-feira (15), além dos rodoviários, os bancários também realizam uma paralisação em Salvador e no interior do Estado.
A capital baiana amanheceu sem o
serviço do transporte coletivo na manhã desta sexta-feira (15). Na
quinta-feira (14), os rodoviários anunciaram que iriam retardar a saída
dos veículos. O Sindicato dos Rodoviários da Bahia informou que os
ônibus vão permanecer nas garagens das 4h até às 8h.
Nesta sexta-feira (15), além dos
rodoviários, os bancários também realizam uma paralisação em Salvador e
no interior do Estado. O atendimento nas agências localizadas no centro
da capital e nas principais cidades da Bahia ocorrerá uma hora mais
tarde.
Eles também afirmaram que o protesto
também é contra a tentativa de golpe que está acontecendo entre a Fiesp e
os grandes empresários, para derrubar os direitos trabalhistas.
Segundo o Sindicato dos Bancários da Bahia, a intenção é alertar para
a possível perda de direitos, caso o golpe seja consumado. Ainda
segundo o representante da categoria, os trabalhadores também denunciam o
plano de governo lançado pelo PMDB, chamado de Ponte para o Futuro, que
coloca nas costas do povo a saída da crise. O programa prevê a
terceirização das atividades fim, que pode acabar com muitas categorias,
a extinção da política de valorização do salário mínimo, a
flexibilização da CLT.O presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos, alerta ainda que o grande capital apoia o golpe com o claro intuito de cortar direitos. “Não podemos aceitar. Queremos investimentos em políticas sociais e a valorização do trabalhador, não o contrário”, conclui
quinta-feira, 14 de abril de 2016
Estudantes de Santarém vão às ruas em favor de professores
Centenas de estudantes fecharam várias ruas da cidade em apoio aos mestres
A situação dos professores está cada vez
mais insuportável para os mestres e vergonhosa para o País. Só o
governo que não vê o caos que se formou, quando os mestres são obrigados
a ensinar o Bê-A-Bá, com a barriga vazia e pensando nas contas vencidas
a pagar.
O problema tomou proporções fora do
comum, principalmente por conta da desigualdade social que já faz parte
da cultura tupiniquim. Paga-se milhões para um jogador de futebol, e não
se dá nem um mísero tostão a mais para quem ensina as primeiras letras
aos futuros presidentes, mestres nas artes e médicos deste País.
Uma situação que sensibilizou até os
alunos, que saíram às ruas em Santarém, na manhã desta quinta-feira (14)
em favor dos combalidos e maltratados professores. Pior, que os
governos, nem estadual muito menos municipal, pensam em pelo menos
amenizar a dramática situação.
O governo Federal, esse nem se fala,
ironicamente dona Dilma, que também sentou em banco de escola pública,
está estudando uma maneira de se salvar de impeachment e prisões de seus
aliados.
Fonte: RG 15/O Impacto
Justiça determina suspensão do licenciamento do porto de Maicá, em Santarém
Nenhuma licença pode ser concedida até o cumprimento da consulta prévia, livre e informada às comunidades
A Justiça Federal ordenou a paralisação
do licenciamento do porto que a Embraps (Empresa Brasileira de Portos de
Santarém) pretendia construir no lago de Maicá, região de várzea na
margem do rio Amazonas. A suspensão fica em vigor até que os
responsáveis pelo porto comprovem a realização da consulta prévia, livre
e informada dos povos e comunidades afetados pelo empreendimento,
conforme prevê a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho
(OIT), da qual o Brasil é signatário.
A decisão atende pedido do Ministério Público Federal (MPF) e Ministério Público do Estado do Pará (MP/PA). Em suas manifestações de defesa no processo, tanto o governo do Pará, responsável pelo licenciamento do porto, quanto a Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquáticos), responsável pela outorga, demonstraram desconhecer a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho, que determina a consulta sempre que atos administrativos ou empreendimentos econômicos possam comprometer a permanência de modos de vida tradicionais.
O governo do Pará, responsável pelo licenciamento do porto, respondeu à ação dizendo que havia realizado reuniões prévias preparatórias à audiência pública. “O procedimento da consulta livre, prévia e informada deve ser adotado antes de qualquer conduta administrativa e também não se confunde com a audiência pública relativa ao procedimento de licenciamento ambiental, exigível nos casos em que previsto significativo impacto ambiental. São institutos distintos, com escopos distintos. A consulta às comunidades tradicionais tem como finalidade assegurar a participação plena e efetiva destes grupos minoritários na tomada de decisões que possam afetar sua cultura e seu modo de viver”, ensina a decisão assinada pelo juiz Érico Freitas Pinheiro.
A liminar assinala ainda que a Antaq reconheceu que está quase concluindo o procedimento de outorga, sem que os povos e comunidades afetados tenham sido consultados a respeito do empreendimento. E ressalta que a Convenção 169 se aplica plenamente a povos ribeirinhos e quilombolas, como os afetados pelo porto do Maicá.
Existem sete comunidades quilombolas que sofrerão impacto direto ou indireto do porto da Embraps reconhecidas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), pela Fundação Palmares, pela Justiça Federal e até pela prefeitura de Santarém (PA), mas foram ignoradas até o momento no processo de instalação. MPF e MP temem mais um conflito agrário na região. A Embraps já vem espalhando placas no Lago do Maicá, onde pretende fazer a obra, marcando a região, cheia de famílias quilombolas e ribeirinhas, como propriedade particular (foto).
“A falta de consulta prévia pode gerar, por isso, grave conflito agrário, dado que a informação veiculada pela empresa Embraps fere direitos ocupacionais das populações tradicionais que historicamente ocupam as áreas de várzea e que são de domínio da União, de acordo com a Secretaria de Patrimônio da União. Não podem, assim, as áreas serem consideradas de propriedade da Embraps”, diz a ação judicial.
Processo nº 0000377-75.2016.4.01.3902A decisão atende pedido do Ministério Público Federal (MPF) e Ministério Público do Estado do Pará (MP/PA). Em suas manifestações de defesa no processo, tanto o governo do Pará, responsável pelo licenciamento do porto, quanto a Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquáticos), responsável pela outorga, demonstraram desconhecer a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho, que determina a consulta sempre que atos administrativos ou empreendimentos econômicos possam comprometer a permanência de modos de vida tradicionais.
O governo do Pará, responsável pelo licenciamento do porto, respondeu à ação dizendo que havia realizado reuniões prévias preparatórias à audiência pública. “O procedimento da consulta livre, prévia e informada deve ser adotado antes de qualquer conduta administrativa e também não se confunde com a audiência pública relativa ao procedimento de licenciamento ambiental, exigível nos casos em que previsto significativo impacto ambiental. São institutos distintos, com escopos distintos. A consulta às comunidades tradicionais tem como finalidade assegurar a participação plena e efetiva destes grupos minoritários na tomada de decisões que possam afetar sua cultura e seu modo de viver”, ensina a decisão assinada pelo juiz Érico Freitas Pinheiro.
A liminar assinala ainda que a Antaq reconheceu que está quase concluindo o procedimento de outorga, sem que os povos e comunidades afetados tenham sido consultados a respeito do empreendimento. E ressalta que a Convenção 169 se aplica plenamente a povos ribeirinhos e quilombolas, como os afetados pelo porto do Maicá.
Existem sete comunidades quilombolas que sofrerão impacto direto ou indireto do porto da Embraps reconhecidas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), pela Fundação Palmares, pela Justiça Federal e até pela prefeitura de Santarém (PA), mas foram ignoradas até o momento no processo de instalação. MPF e MP temem mais um conflito agrário na região. A Embraps já vem espalhando placas no Lago do Maicá, onde pretende fazer a obra, marcando a região, cheia de famílias quilombolas e ribeirinhas, como propriedade particular (foto).
“A falta de consulta prévia pode gerar, por isso, grave conflito agrário, dado que a informação veiculada pela empresa Embraps fere direitos ocupacionais das populações tradicionais que historicamente ocupam as áreas de várzea e que são de domínio da União, de acordo com a Secretaria de Patrimônio da União. Não podem, assim, as áreas serem consideradas de propriedade da Embraps”, diz a ação judicial.
Fonte: RG 15/O Impacto e MPF
terça-feira, 5 de abril de 2016
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