Verônica H.
Hoje o sentido some e deixa só um cheiro angustiante de final (o que está acabando?). É fim de tarde e só. Só eu continuo aquiquarta-feira, 10 de dezembro de 2014
DECLARAÇÃO DO BISPO E DAS PASTORAIS SOCIAIS DA DIOCESE DE SANTARÉM SOBRE OS INDÍGENAS NO RIO MARÓ
A Diocese de Santarém vem se solidarizar profundamente com os povos indígenas da região do Baixo rio Tapajós e mais particularmente com os Borari e Arapium que vivem na Terra Indígena Maró, que vem sofrendo uma sistemática campanha de discriminação e negação de seus direitos constitucionais. O mais duro golpe foi dado pelo juiz federal Airton Portela, que em sentença do último dia 26 de novembro, determinou que o Relatório de Identificação da Terra Indígena (TI) Maró não tem qualquer validade jurídica, pois aqueles moradores não são indígenas.
Esta afirmação não condiz com a realidade conhecida por missionários católicos que tem hoje o cuidado pastoral desta região e por isso não podemos aceitar tal sentença. Desde a criação da Prelazia de Santarém em 1903, passando pela sua elevação a Diocese em 1979, nossos missionários, catequistas e bispos têm estado em constante contato com estas comunidades, através de visitas, celebrações, semanas catequéticas, festas de santo e da Radio Rural de Santarém. Podemos dizer que conhecemos de fato e verdadeiramente nosso rebanho, e temos um carinho especial pelos povos indígenas que vivem nas suas aldeias/comunidades nesta Diocese. Os habitantes das aldeias Novo Lugar, São José III e Cachoeira do Maró são a prova de que a região é sim povoada também por povos indígenas. Dizer o contrário é fechar os olhos para a existência das pessoas que vivem na área.
A decisão de primeira instância da Justiça Federal do Pará também não pode ser aceita porque vai contra o a Constituição Federal de 1988, que afirma no Artigo 231: “São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens”. Não compete ao Estado decidir quem é e quem não é indígena. São os próprios indígenas que tem o direito de se auto-identificar enquanto tais, conforme estabelecido na Convenção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
E dizemos a vocês, irmãos e irmãs indígenas que ficamos esperançosos e felizes que, apesar de séculos de perseguição, exploração e desrespeito à sua cultura, vocês continuam orgulhosos da sua história, das suas crenças e práticas tradicionais e, principalmente, da sua identidade como povos indígenas. E nisso, vocês contaram e continuam contando com o nosso apoio e reconhecimento.
Estamos certos de que este equívoco vai ser corrigido e que o direito das comunidades indígenas vai ser respeitado pela Justiça brasileira. Estamos seguros de estes dias turbulentos passarão e de que a Verdade prevalecerá, baseados na certeza do Evangelho “A verdade vos libertará” (João 8,32) e “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (João 14, 6). Invitamos a vocês, irmãos e irmãs indígenas, a levantar os olhos, logo virão os tempos onde a Justiça prevalecerá. E contem conosco para apressar este dia.
Santarém, 09 de dezembro de 2014
Dom Flavio Giovenale, Bispo da Diocese de Santarém, e
A Pastoral Social da Diocese de Santarém.
terça-feira, 9 de dezembro de 2014
quinta-feira, 4 de dezembro de 2014
Justiça Federal declara inexistente terra indígena no município de Santarém
A Justiça Federal, em decisão inédita no Pará, declarou inexistente a
Terra Indígena Maró, abrangida parcialmente pela Gleba Nova Olinda, no
município de Santarém, região oeste do Estado, e negou qualquer validade
jurídica a relatório produzido pela Fundação Nacional do Índio (Funai),
que identificou e delimitou a área de 42 mil hectares (equivalente a 42
mil campos de futebol), sob o fundamento de que ali viveriam índios da
etnia Borari-Arapium.
Em sentença de 106 laudas (veja aqui a íntegra), assinada no dia 26 de novembro, mas divulgada somente nesta quarta-feira (03), o juiz federal Airton Portela, da 2ª Vara da Subseção de Santarém, se refere a elementos extraídos principalmente de relatório antropológico de identificação, produzido pela própria Funai, para concluir que as comunidades da Gleba Nova Olinda, uma área que abrange a terra supostamente habitada pela tribo Borari-Arapium, são formadas por populações tradicionais ribeirinhas, e não por índios.
Ao fundamentar a sentença, proferida nos autos de duas ações, uma do Ministério Público Federal, outra de sete associações que representam os interesses de populações tradicionais que ocupam a região da Gleba Nova Olinda, o juiz aponta contradições e omissões nos laudos da Funai. Com base apenas na cronologia histórica, a sentença demonstra, por exemplo, que a ser verdade uma das conclusões do laudo antropológico, o pai de um dos líderes da comunidade Borari-Arapium teria nada menos do que 140 anos à época do nascimento do filho, em 1980, na região hoje compreendida pela Gleba Nova Olinda.
Airton Portela sustenta que antropólogos e organizações não-governamentais induziram parte das populações tradicionais da área a pedir o reconhecimento formal de que pertenceriam a grupos indígenas. “O processo de identificação, delimitação e reconhecimento dos supostos indígenas da região dos rios Arapiúns e Maró surgiu por ação ideológico-antropológica exterior, engenho e indústria voltada para a inserção de cultura indígena postiça e induzimento de convicções de autorreconhecimento”, afirma o juiz federal.
Ao declarar a terra indígena inexistente, o magistrado também ordenou que a União e a Funai se abstenham de praticar quaisquer atos que declarem os limites da terra indígena e adotar todos os procedimentos no sentido de demarcá-la. A sentença determina ainda que não sejam criados embaraços à regularização de frações de terras da Gleba Nova Olinda - inclusive das comunidades São José III, Novo Lugar e Cachoeira do Maró, formadoras da terra indígena declarada inexistente -, garantindo-se às famílias de até quatro pessoas a regularização fundiária que, no mínimo, atenda ao conceito de pequena propriedade.
De acordo com a sentença, a Funai e a União não poderão criar obstáculos à livre circulação nas áreas que couberem a cada família, assim como em relação às vias que lhas dão acesso, tais como vicinais, ramais, rios e igarapés, tomando providências para que os moradores que se autoidentificaram como indígenas não criem dificuldades nesse sentido. O Estado do Pará deverá adotar medidas que assegurem a liberdade de ir e vir em toda a região da Gleba Nova Olinda.
Requisitos – Portela ressalta que os requisitos da tradicionalidade, permanência e originariedade, previstos na Constituição Federal para o reconhecimento e demarcação de terras indígenas, não foram demonstrados de forma sólida na ação proposta pelo MPF. “No presente debate verifico a ausência, não de apenas um, mas dos três elementos referidos e assim ergue-se obstáculo constitucional insuperável que inviabiliza o reconhecimento de terra tradicionalmente ocupada por indígenas”, diz o magistrado.
Os elementos apresentados à Justiça Federal por técnicos contratados pela Funai, em lugar de comprovar a existência de índios no Baixo Tapajós e Arapiúns, “antes revelam tratar-se de populações tradicionais ribeirinhas (São José III, Novo Lugar e Cachoeira do Maró) e que em nada se distinguem das onze comunidades restantes (de um total de 14) que formam a Gleba Nova Olinda, assim como também nada há que se divisar como elemento diferenciador das demais populações rurais amazônicas”, reforça a sentença.
Airton Portela ressalta o elemento tradicionalidade - por exemplo, o batismo de casa, puxar a barriga (largamente usado pelas parteiras amzônicas), consumo de chibé, tarubá ou mesmo o ritual da lua – para demonstrar que não é indígena, mas decorrente das missões jesuíticas, uma vez que, no Velho testamento, há quase 50 menções a rituais de lua nova. O próprio idioma nhengatu, lembra a sentença, já foi falado até em São Paulo.
O juiz federal chama de “mais ativistas que propriamente cientistas” os antropólogos que desenvolveram a chamada “etnogênese”, uma construção teórica que passou a explicar e incentivar o ressurgimento de grupos étnicos considerados extintos, totalmente miscigenados ou definitivamente aculturados.
“Tal movimento de “ressurgimento” tem a miscigenação no Brasil e na América Latina como mal a ser combatido (classificando-a como mito) e disso tem se servido muitos ativistas ambientais, que vislumbram na figura do indígena ‘ressurgido’ uma função ambiental protetiva mais eficaz que aquela desempenhada pelas chamadas populações tradicionais, e assim, não por outra razão, passaram a incentivar o repúdio à designações que julgam ‘pouco resistentes’ tais como ‘caboclos’, ribeirinhos, ‘mestiços’, entre outras que rotulam como ‘autoritárias’ e ‘instrumentos de dominação oficial’”, complementa a sentença.
Fonte: Justiça Federal - Seção Judiciária no Pará
Cinco seminaristas serão ordenados diáconos
Sexta-feira, 05 de dezembro,
será um momento histórico para a Diocese de Santarém. Serão ordenados Diáconos,
os seminaristas Alcides Alves, Cleberson Ramos Pereira, Antônio Cleonildo de
Oliveira Paulo, José Ronaldo Gomes de Brito e Daniel
Cruz de Melo. É a primeira vez que acontece a ordenação de cinco jovens é uma
única cerimônia litúrgica em Santarém.
A ordenação será presidida
pelo bispo diocesano, Dom Flávio Giovenale, às 19h30, na Praça da Matriz, e
concelebrada pelos padres diocesanos, franciscanos, verbitas e jesuítas.
A ordem do Diaconato é o
último passo para a vida sacerdotal dos religiosos.
OBS:
Aos meios de comunicação que forem cobrir o evento, gentileza enviar até amanhã,05,
às 10h, a quantidade de profissionais para providenciarmos as credenciais. Pode
ser via e-mail ou por telefone 99206-0664 ou 99121-1200. As credenciais serão
entregues momentos antes da cerimônia, na Praça da Matriz.
Os
cinco seminaristas
Alcides Alves é natural da
comunidade Boa Esperança (Rod. Santarém-Curuá-Una). Cleberson Ramos nasceu em
Itaituba, mas migrou-se para Santarém, bairro Caranazal, ainda criança, aos
três anos de idade. Antônio Cleonildo é natural da comunidade Boa Fé- planalto
Santareno. José Ronaldo é oriundo de João Pessoa/PB e Daniel Cruz nasceu em
Alagoa Grande/PB. Os dois últimos chegaram a Santarém em junho deste ano.
A
Ordem do Diaconato
Os
diáconos têm funções importantes desde a igreja primitiva e, assim como os
padres e bispos, recebem o sacramento da Ordem.
O diaconato é o primeiro grau do sacramento da Ordem. O presbiterato (padres) é o segundo e o
episcopado (bispos) é o terceiro. Portanto, todo diácono católico deve ser
ordenado por um bispo num ritual próprio.
De acordo com o número 1554 do Catecismo da Igreja
Católica, “o ministério eclesiástico, divinamente instituído, é
exercido em diversas ordens pelos que desde a antiguidade são chamados bispos,
presbíteros e diáconos”.
Segundo o Catecismo, a principal função do
diácono é “ajudar e servir” os bispos e padres. Por isso, o diácono não é um
sacerdote. Na ordenação de um diácono “são-lhes impostas as mãos não para o
sacerdócio, mas para o serviço”, conforme o número 1569 do Catecismo. Nestes
casos, apenas o bispo impõe as mãos sobre o homem ordenado, num sinal de que o diácono está
diretamente ligado a ele.
Resume
o Catecismo, no 1570: “Cabe aos diáconos, entre outros serviços, assistir
o Bispo e os padres na celebração dos divinos mistérios, sobretudo a
Eucaristia, distribuir a Comunhão, assistir ao Matrimônio e abençoá-lo,
proclamar o Evangelho e pregar, presidir os funerais e consagrar-se aos
diversos serviços de caridade.” Eles não celebram missa, pois, como
dissemos, não são sacerdotes. Apenas ajudam na sua preparação e na liturgia.
Também não podem dar todos os tipos de bênçãos.
As vestes
O diácono tem suas vestes litúrgicas
diferentes das dos padres e bispos. A estola (peça de tecido com aproximadamente 10 cm de
largura) é transversal, e não vertical. Também pode usar adalmática (vestimenta espécie de avental), que é
diferente das vestes dos padres e bispossexta-feira, 28 de novembro de 2014
Vereadora: “Prefeito fechou os olhos para problemas no trânsito”
Veradora Ana Elvira critica prefeito Alexandre Von pelo caos no trânsito em Santarém
O crescente índice de acidentes de
trânsito em Santarém, nos últimos meses, gerou críticas da vereadora Ana
Elvira Alho (PT), em relação ao prefeito Alexandre Von (PSDB). Para
ela, falta a Prefeitura tomar posicionamento em relação a ações de
prevenção aos acidentes de trânsito, que acontecem diariamente nas ruas
de Santarém.
A vereadora Ana Elvira declarou na
tribuna da Câmara “que o Prefeito virou as costas para a questão do
trânsito na cidade”. Ela comentou que o problema está tão grande e
crescendo tão rápido, matando tanta gente, que o Ministério Público
Estadual (MPE) se viu obrigado a intervir na Secretaria Municipal de
Mobilidade e Trânsito (SMT), por meio de uma Ação Civil Pública, para
que haja possibilidade de organizar o trânsito local.
O pedido já foi acatado pela Justiça,
que determinou que a Secretaria tome providências urgentes. Entre as
medidas mais importantes que devem ser acatadas são: dentro de 30 dias a
secretária Heloísa Almeida precisa criar o cargo de engenheiro de
tráfego da SMT, com contratação excepcional de um profissional
especializado; No prazo de um ano realização de concurso público, tanto
para o cargo de engenheiro de tráfego como para agente de trânsito;
Dentro de 180 dias, a Secretária deve apresentar um planejamento para
sinalização eletrônica, proibição de liberação de vias asfaltadas ou
pavimentadas sem sinalização e apresentação de um planejamento com datas
definidas para sinalização vertical, horizontal e eletrônica e ainda
proceder a identificação das vias de Santarém.
A Vereadora acredita que a situação no
trânsito não é culpa da secretária Heloisa Almeida e que no lugar dela
já teria pedido exoneração. “Como pode uma mulher competente trabalhar
bem se o Prefeito vira de costas, eu acho que nem a recebe em
audiência”, afirmou a Vereadora, acrescentando que na Secretaria
Municipal de Trânsito os funcionários trabalham sem auxílio de
transporte e celular, prejudicando as fiscalizações.
“Tudo recai sobre ela, mas na verdade o
verdadeiro culpado desses problemas é o Prefeito que não investe, que
não injeta recursos para que os problemas sejam solucionados. Ela faz o
que pode, mas não tem recursos para fazer muita coisa”, concluiu Ana
Elvira.
ESTATÍSTICA: Uma
estatística do Pelotão de Trânsito da Polícia Militar (Ptran) revelou
que o número de acidentes com vitimas fatais aumentou 100% em outubro
deste ano, em comparação ao mesmo período de 2013. Em outubro de 2014
foram registrados 6 mortes no trânsito, enquanto que em 2013 foram 3
mortes. O órgão não contabiliza os acidentes que ocorreram na Rodovia
BR-163, que é de responsabilidade da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
De acordo com a comandante do Ptran,
tenente Izabel Monteiro, as autuações de trânsito em outubro deste ano
aumentaram 228%, comparadas com o mesmo período de 2013. Em outubro de
2014 foram registradas 253 infrações, enquanto que em 2013 foram apenas
77 violações das leis de trânsito.
Segundo ela, a estatística mostrou,
também, que de janeiro a outubro deste ano o número de mortes no
trânsito aumentou 35%, em relação ao mesmo período de 2013. Em 2014
foram registradas 23 mortes de janeiro a outubro, enquanto que em 2013
houve o registro de 17 ocorrências. Entre as vias de maior incidência de
acidentes de trânsito, a estatística da Polícia Militar mostrou a
Avenida Curuáa-Una, no topo do ranking, onde de janeiro a outubro deste
ano foram registrados 59 acidentes. Em segundo lugar aparece a Avenida
Sérgio Henn, com 49 ocorrências, seguida da rodovia Fernando Guilhon com
27 acidentes registrados.
O relatório aponta, ainda, que as
motocicletas são os veículos que mais se envolvem nos acidentes, porém
houve uma queda de 34% nos acidentes com motos. De janeiro a outubro de
2013, 363 motociclistas sofreram acidentes e em 2014, o número foi de
238.
SUPERLOTAÇÃO NO HMS: A
direção do Hospital Municipal de Santarém (HMS) está preocupada com o
alto índice de pacientes que sofrem acidentes de trânsito e lotam os
leitos do Hospital. Segundo o diretor Glayton Rodrigues, as vítimas são
de Santarém e cidades vizinhas como Monte Alegre, Oriximiná, Alenquer e
Rurópolis.
Hoje, mais de 80 pacientes vitimados no
trânsito estão internados. “É a realidade da Cidade de Santarém. Além de
existir os nossos casos, a maioria vem ainda dos nossos municípios
vizinhos. São casos de saúde plena, que poderiam ser resolvidos nesses
municípios, e não estão sendo resolvidos, estão sendo encaminhados
direto para Santarém. Hoje temos muitos pacientes internados no Pronto
Socorro Municipal, só pacientes de Traumato-Ortopedia”, afirmou o
diretor.
Por: Manoel Cardoso
quinta-feira, 27 de novembro de 2014
quarta-feira, 5 de novembro de 2014
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
Datafolha e Ibope: Dilma dispara sobre Aécio
Pesquisas que acabam de ser divulgadas pelos maiores institutos apontam candidata do PT à reeleição à frente do postulante do PSDB além da margem de erro pela primeira vez no segundo turno; na Datafolha, Dilma Rousseff marca 53% dos votos válidos, contra 47% para Aécio Neves, uma vantagem de seis pontos; Ibope tem placar de 54% a 46%, diferença de oito pontos; PT avança na reta final e desestabiliza tucanos
23 de Outubro de 2014 às 17:20
No Datafolha, ela atinge 53% das intenções dos votos válidos, contra 47% do tucano. Em comparação com a última pesquisa, Dilma cresceu um ponto, enquanto Aécio perdeu um.
Em votos totais, Dilma registrou 48%, enquanto Aécio atingiu 42%. Brancos e nulos representaram 5% dos entrevistados. Outros 5% disseram não saber em quem votar.
No Ibope, a presidente cresceu seis pontos em relação à última mostra, da semana passada, e registrou 54% dos votos válidos, ante 46% do adversário.
Considerandos os votos totais, Dilma registrou 49% contra 41% de Aécio. Segundo a pesquisa, os indecisos são 3% e 7% responderam que vão votar nulo ou em branco no próximo domingo 26.
Com essa diferença, nos dois levantamentos, a candidata à reeleição pelo PT passa a liderar a disputa à Presidência da República isoladamente, pela primeira vez no segundo turno.
terça-feira, 21 de outubro de 2014
Dilma tem 52%, e Aécio, 48% dos votos válidos, aponta Datafolha
Pesquisa Datafolha divulgada ontem (20) aponta os
seguintes percentuais de votos válidos no segundo turno da corrida para a
Presidência da República:
- Dilma Rousseff (PT): 52%
- Aécio Neves (PSDB): 48%
Para calcular esses votos, são excluídos da amostra os votos brancos, os nulos e os eleitores que se declaram indecisos. O procedimento é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição. A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal "Folha de S.Paulo".
- Dilma Rousseff (PT): 52%
- Aécio Neves (PSDB): 48%
Para calcular esses votos, são excluídos da amostra os votos brancos, os nulos e os eleitores que se declaram indecisos. O procedimento é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição. A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal "Folha de S.Paulo".
De acordo com o Datafolha, na reta final da eleição, os candidatos
continuam empatados, no limite da margem de erro, de dois pontos
percentuais para mais ou para menos, mas Dilma aparece pela primeira vez
numericamente à frente de Aécio em um levantamento feito após o
primeiro turno.
No levantamento anterior do instituto, divulgado no dia 15, Aécio tinha 51% e Dilma, 49%.
quarta-feira, 15 de outubro de 2014
Professor mineiro escreve carta e lista 5 motivos pelos quais não vota em Aécio Neves
1- O senhor prometeu e não pagou o piso salarial para os professores, estabelecido por lei. Enquanto em 2010 o piso era de R$ 1.024,67 haviam professores com licenciatura plena ganhando apenas R$ 550,00 pela jornada de 40 horas semanais (oito horas por dia).
2- Em 2007 o senhor efetivou 98 mil servidores públicos não concursados quando foi governador, uma prática ilegal. Graças a isso 1/3 dos professores mineiros não eram concursados e tiveram que ser demitidos em 2014 após determinação do STF. Faltam 1,5 milhão de vagas nas escolas públicas de Minas Gerais e graças ao senhor, Aécio Neves, temos a cada dia menos professores trabalhando.
3- Graças a essa efetivação ilegal milhares de professores concursados não puderam ser nomeados entre 2007 e 2014 pois suas vagas já estavam ocupadas de maneira ilegítima por professores que já ganhavam um salário abaixo do piso nacional.
4- Durante seu governo CINCO PROFESSORES concursados se demitiam por dia na rede estadual de Minas Gerais. Além do salário mais baixo do Brasil nós enfrentamos o despreparo da polícia para com nossas greves e o silêncio do governo que se recusava a negociar condições melhores.
5- Por último, senhor Aécio Neves, sua desculpa de que "a educação no país inteiro é um caos" não cola para nós. Minas Gerais é o terceiro estado mais rico do Brasil mas paga até hoje (uma herança maldita de seu governo) o pior salário para professores da rede estadual no país. No estado mais pobre do país, Roraima, o salário pago é quase duas vezes maior.
Essas são apenas cinco das centenas de razões que eu poderia enumerar pelas quais os professores de Minas Gerais não votam no senhor. Apesar de o Estado receber verbas cada vez maiores para a educação, a mesma não chegava até as escolas. Falta giz, apagador, material de limpeza e até papel higiênico nós já tivemos que comprar com dinheiro do bolso.
Se em oito anos o senhor ignorou a educação e a situação dos professores no seu próprio estado, eu tenho muito medo de ver o que faria caso fosse presidente do Brasil.
http://www.otempo.com.br/cidades/cinco-professores-se-demitem-por-dia-das-escolas-estaduais-1.717680
http://www.viomundo.com.br/denuncias/o-desabafo-do-professor-com-a-crise-da-educacao-em-mg.html
http://www.robertomoraes.com.br/2013/04/desabafo-e-distencia-de-professor-da.html
http://amp-mg.jusbrasil.com.br/noticias/2926973/minas-e-o-estado-que-paga-salario-mais-baixo-para-professor-diz-jorna
terça-feira, 14 de outubro de 2014
Helder tem 47,1% contra 42% de Jatene
Resultados da pesquisa do Instituto iVeiga para o segundo turno indicam:
Estimulado: Em quem você votaria para governador no segundo turno?
Helder - 47,1%
Jatene - 42,0%
Branco e nulo - 5,3%
Não sabe - 5,7%
Espontâneo: Em quem v ocê votaria para governador no segundo turno?
Helder - 45,7%
Jatene - 41,1%
Branco e Nulo - 3,8%
Não sabe - 2,8%
A pesquisa foi feita entre os dias 9 e 13 de outubro e está devidamente registrada no TSE e TRE.
Fonte: Jornal Diário do Pará
Estimulado: Em quem você votaria para governador no segundo turno?
Helder - 47,1%
Jatene - 42,0%
Branco e nulo - 5,3%
Não sabe - 5,7%
Espontâneo: Em quem v ocê votaria para governador no segundo turno?
Helder - 45,7%
Jatene - 41,1%
Branco e Nulo - 3,8%
Não sabe - 2,8%
A pesquisa foi feita entre os dias 9 e 13 de outubro e está devidamente registrada no TSE e TRE.
Fonte: Jornal Diário do Pará
sexta-feira, 10 de outubro de 2014
Segundo turno: o voto útil
"Mesmo não acreditando que Dilma ainda tenha
pendor para a esquerda, darei a ela meu voto no dia 26. É minha maneira
de apoiar uma política externa soberana e, principalmente, expressar a
solidariedade aos avôs e avós que vivem de aposentadoria e têm direito à
dignidade dos anciãos", escreve Pedro A. Ribeiro de Oliveira,
doutor em Sociologia pela Université Catholique de Louvain, na Bélgica.
É professor no mestrado em Ciências da Religião da Pontifícia
Universidade Católica de Minas Gerais – PUC/Minas.
Eis o artigo.
O 1º turno é o momento político por excelência, porque nele se explicitam as propostas dos candidatos e candidatas, independentemente de sua probabilidade de vitória. A candidatura de Dilma foi apoiada por muitos companheiros e companheiras de fé e luta política, como Leonardo Boff, Frei Betto e Luiz Alberto G. Souza, mas não por mim. Não me entusiasma a inclusão dos pobres no mercado de consumo sem taxação das grandes fortunas de ruralistas, empresário/as, banqueiro/as e rentistas. O crescimento do PIB por meio da exploração desregulada dos recursos naturais é uma política insana: quando o último barril de petróleo for extraído do pré-sal, a Amazônia se tornar terreno do agronegócio, os rios secarem e não for mais rentável extrair minérios, será a catástrofe econômica e os pobres serão os primeiros a morrer. Por isso, minha opção no 1º turno foi por Luciana Genro, do PSOL.
No 2º turno a liberdade de escolha fica reduzida: é Dilma, é Aécio ou é nulo.
Não voto em Aécio porque ele deixou claro no 1º turno que sua candidatura tem por modelo o governo FHC, que só não foi pior para o povo do que os governos militares.
Descarto a opção pelo voto nulo, porque ele só se justifica como expressão de protesto quando o processo eleitoral é estruturalmente viciado, como ocorreu durante a ditadura militar. Hoje, apesar de defeitos que só serão corrigidos pela Reforma Política, as eleições deixam transparecer a vontade do eleitorado. E cada voto conta.
Escolho votar em Dilma por acreditar que será mais do mesmo. Não creio que ela fará a Reforma Agrária, nem se esforçará em demarcar e proteger os territórios e povos indígenas, nem terá mais cuidado com a ecologia do que teve até aqui... Creio, porém, que ela manterá as duas principais mudanças introduzidas pelo governo Lula: a política externa soberana e o aumento real do salário-mínimo. Vejamos brevemente cada uma delas.
1. Diferentemente do governo FHC, cuja política externa foi marcada pela subserviência aos EUA, Lula fez uma guinada em direção ao Sul geopolítico: rejeitou a ALCA, não cedeu a base de Alcântara, apoiou regimes ou governos perseguidos por Washington – como Cuba, Venezuela, Bolívia e Honduras – e incentivou a integração política da América do Sul. Dilma manteve essa linha política e nada indica que vá mudá-la no segundo mandato.
2. FHC dizia ser inviável dar aumento real ao salário-mínimo enquanto este fosse o piso da Previdência Social. Aumento acima da inflação – afirmava ele, do alto de sua arrogância professoral – só seria possível depois de sua desvinculação constitucional ao piso das aposentadorias e pensões. Lula, porém, estabeleceu uma política de aumento real do salário-mínimo, e nem por isso o INSS quebrou. (Mesmo porque o déficit contábil da Previdência Social é causado pela DRU, que desvia 20% dos recursos orçamentários da Seguridade Social para o pagamento de juros de dívidas). Por isso, hoje avô e avó tem outro status social: em vez de peso econômico para a família, são um esteio para seus filhos e filhas em dificuldade. Isso é fruto da teimosia de Lula e Dilma!
Por isso, mesmo não acreditando que Dilma ainda tenha pendor para a esquerda, darei a ela meu voto no dia 26. É minha maneira de apoiar uma política externa soberana e, principalmente, expressar a solidariedade aos avôs e avós que vivem de aposentadoria e têm direito à dignidade dos anciãos.
Eis o artigo.
O 1º turno é o momento político por excelência, porque nele se explicitam as propostas dos candidatos e candidatas, independentemente de sua probabilidade de vitória. A candidatura de Dilma foi apoiada por muitos companheiros e companheiras de fé e luta política, como Leonardo Boff, Frei Betto e Luiz Alberto G. Souza, mas não por mim. Não me entusiasma a inclusão dos pobres no mercado de consumo sem taxação das grandes fortunas de ruralistas, empresário/as, banqueiro/as e rentistas. O crescimento do PIB por meio da exploração desregulada dos recursos naturais é uma política insana: quando o último barril de petróleo for extraído do pré-sal, a Amazônia se tornar terreno do agronegócio, os rios secarem e não for mais rentável extrair minérios, será a catástrofe econômica e os pobres serão os primeiros a morrer. Por isso, minha opção no 1º turno foi por Luciana Genro, do PSOL.
No 2º turno a liberdade de escolha fica reduzida: é Dilma, é Aécio ou é nulo.
Não voto em Aécio porque ele deixou claro no 1º turno que sua candidatura tem por modelo o governo FHC, que só não foi pior para o povo do que os governos militares.
Descarto a opção pelo voto nulo, porque ele só se justifica como expressão de protesto quando o processo eleitoral é estruturalmente viciado, como ocorreu durante a ditadura militar. Hoje, apesar de defeitos que só serão corrigidos pela Reforma Política, as eleições deixam transparecer a vontade do eleitorado. E cada voto conta.
Escolho votar em Dilma por acreditar que será mais do mesmo. Não creio que ela fará a Reforma Agrária, nem se esforçará em demarcar e proteger os territórios e povos indígenas, nem terá mais cuidado com a ecologia do que teve até aqui... Creio, porém, que ela manterá as duas principais mudanças introduzidas pelo governo Lula: a política externa soberana e o aumento real do salário-mínimo. Vejamos brevemente cada uma delas.
1. Diferentemente do governo FHC, cuja política externa foi marcada pela subserviência aos EUA, Lula fez uma guinada em direção ao Sul geopolítico: rejeitou a ALCA, não cedeu a base de Alcântara, apoiou regimes ou governos perseguidos por Washington – como Cuba, Venezuela, Bolívia e Honduras – e incentivou a integração política da América do Sul. Dilma manteve essa linha política e nada indica que vá mudá-la no segundo mandato.
2. FHC dizia ser inviável dar aumento real ao salário-mínimo enquanto este fosse o piso da Previdência Social. Aumento acima da inflação – afirmava ele, do alto de sua arrogância professoral – só seria possível depois de sua desvinculação constitucional ao piso das aposentadorias e pensões. Lula, porém, estabeleceu uma política de aumento real do salário-mínimo, e nem por isso o INSS quebrou. (Mesmo porque o déficit contábil da Previdência Social é causado pela DRU, que desvia 20% dos recursos orçamentários da Seguridade Social para o pagamento de juros de dívidas). Por isso, hoje avô e avó tem outro status social: em vez de peso econômico para a família, são um esteio para seus filhos e filhas em dificuldade. Isso é fruto da teimosia de Lula e Dilma!
Por isso, mesmo não acreditando que Dilma ainda tenha pendor para a esquerda, darei a ela meu voto no dia 26. É minha maneira de apoiar uma política externa soberana e, principalmente, expressar a solidariedade aos avôs e avós que vivem de aposentadoria e têm direito à dignidade dos anciãos.
terça-feira, 7 de outubro de 2014
Congresso eleito é o mais conservador desde 1964, afirma Diap
A reportagem é de Nivaldo Souza e Bernardo Caram, publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 07-10-2014.
O aumento de militares, religiosos, ruralistas e outros segmentos mais identificados com o conservadorismo refletem, segundo o diretor do Diap, Antônio Augusto Queiroz, esse novo status. "O novo Congresso é, seguramente, o mais conservador do período pós-1964", afirma. "As pessoas não sabem o que fazem as instituições e se você não tem esse domínio, é trágico", avalia.
Ele acredita que a tensão criada pelo debate de pautas como a legalização do casamento gay e a descriminalização do aborto deve se acirrar no Congresso, agora com menos influência de mediadores tradicionais, que não conseguiram de reeleger. "No caso da Câmara, muitos dos parlamentares que cuidavam da articulação (para evitar tensões) não estarão na próxima legislatura. Algo como 40% da 'elite' do Congresso não estará na próxima legislatura, seja porque não conseguiram se reeleger ou disputaram outros cargos. Houve uma guinada muito grande na direção do conservadorismo", diz.
O levantamento do Diap mostra que o número de deputados ligados a causas sociais caiu, drasticamente, embora os números totais ainda estejam sendo calculados. A proporção da frente sindical também foi reduzida quase à metade: de 83 para 46 parlamentares. Junto com a redução desses grupos, o aborto, o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a descriminalização das drogas - temas que permearam os debates no primeiro turno da disputa presidencial - têm poucas chances de serem abordados pelo Congresso eleito, que tomará posse em fevereiro de 2015.
"Posso afirmar com segurança que houve retrocesso em relação a essas pautas. Se no atual Congresso houve dificuldade para que elas prosperassem, no próximo isso será muito mais ampliado. Houve uma redução de quem defendia essa pauta no Parlamento e praticamente dobrou (o número de) quem é contra", diz.
Parte consistente do conservadorismo, segundo Queiroz, virá da bancada evangélica. Ele estima que o número de religiosos desta corrente deve crescer em relação aos 70 deputados eleitos em 2010. "A bancada evangélica vai ficar um pouquinho maior, mas com uma diferença: nomes de maior peso dentro das igrejas para melhor coordenar e articular os interesses desse segmento junto ao Congresso", diz. Entre essas lideranças, o Diap já identificou 40 bispos e pastores.
Militares
O Diap também estima um aumento consistente de policiais e militares eleitos. Queiroz prevê que o aumento de parlamentares com este perfil deve chegar a 30%. "Esse grupo, necessariamente, vai fazer parte da 'bancada da bala', porque defende a defesa individual", diz, referindo-se ao lobby da indústria armamentista.
A ampliação desse grupo é uma onda que veio na contramão das manifestações populares de 2013. "Isso é produto da alienação. Quem foi para rua, em grande medida, foi pedindo mudanças. Mas sem ter uma liderança capaz direcionar e coordenar (o movimento). Era 'contra tudo o que está aí'."
Queiroz considera que, caso o candidato do PSDB, Aécio Neves, seja eleito, temas como a redução da maioridade penal, considerada uma proposta conservadora, podem avançar facilmente no Congresso. "O PSDB perdeu em quantidade (reduziu de 12 para 10 o número de senadores), mas é uma bancada que se renova do ponto de vista qualitativo. Só que com viés conservador", diz
sábado, 4 de outubro de 2014
sexta-feira, 26 de setembro de 2014
REPASSANDO
Carta aberta ao prefeito Alexandre Vanghon
CARTA ABERTA AO PREFEITO DE SANTARÉM DOTAPAJÓS, ALEXANDRE RAIMUNDO DE VASCONCELOS WANGHON
Caro Alexandre,
Em nome de nossa antiga amizade, permita-me tratá-lo assim, de maneira
informal, sem os salamaleques da liturgia do cargo que você hoje ocupa.
Por falar em tempos antigos, lembro-me bem de nosso tempo de estudantes
em Belém, no final da década de 70 e nos primeiros anos da década de 80,
quando já você já externava sua
determinação de abraçar a carreira política e o sonho de vir a tornar-se
prefeito de nossa cidade. Feliz do homem que sonha e persegue seus
sonhos, até realizá-los. Você está realizando os seus!
Após essas
reminiscências, permita-me entrar no assunto que me levou a escrever
essa carta aberta, maneira que achei, talvez a mais fácil, de fazer
chegar até você uma preocupação, que é minha e parece ser também a de
muitos dos munícipes cuja vontade fez de você o prefeito de nossa
cidade. Voltei a pouco de um passeio ao Lago do Maicá, na companhia de
amigos que não conheciam aquele local e que demonstraram a vontade de ir
lá conhecê-lo e fotografar suas paisagens naturais e os animais que lá
vivem. Apesar de já mostrar algumas marcas da interferência do homem, O
Lago do Maicá, como é de seu conhecimento, é um santuário ecológico,
local de criadouro de uma infinidade incalculável de aves, peixes e
outros animais, os quais pudemos ver em profusão, no referido passeio.
Causou-nos enorme preocupação, no entanto, saber que a Prefeitura
Municipal de Santarém, sob sua gestão, pretende instalar ali, ou em seu
entorno, algumas empresas exportadoras de grãos, destinados ao comércio
exterior, para o que já estariam sendo realizados estudos, visando
estimar os futuros impactos que essa atividade traria para aquela área.
Por melhores, mais adequados e mais conclusivos que sejam esses estudos;
por mais espetaculares que sejam as medidas mitigadoras dos impactos
que certamente virão dessa intervenção no ecossistema do Lago do Maicá,
caro Alexandre, nada impedirá que aquele paraíso seja inapelavelmente
ameaçado.
Tenho absoluta certeza que há outras áreas no município de
Santarém mais adequadas para a instalação de portos graneleiros, como
os que você se empenha em atrair para a cidade. Um olhar mais atento
para região abaixo do Maicá, banhada pelo Rio Amazonas, mostrará locais
com calado suficiente para o recebimento de navios de grande porte, sem a
necessidade de uma intervenção tão radical quanto aquela que se prevê
para o Maicá. Antevejo uma outra vantagem considerável para o bem estar
de nossa cidade, com a construção de portos fora da área urbana ou de
sua periferia, como seria o caso que coloco à sua avaliação. As enormes
carretas que trazem grãos de outros estados, como hoje, não precisariam
adentrar a área urbana de Santarém, o que significaria a diminuição de
uma gama enorme de dificuldades e empecilhos que esse tráfego provoca.
Que nossos
netos possam mais tarde lembrar-se do Maicá com a mesma nostalgia que o
Beto Paixão canta, mas com a certeza de que ele ainda estará lá, para o
deleite das futuras gerações. Não permita que o Lago do Maicá, a exemplo
da Itabira do poeta Carlos Drummond de Andrade e da Vera Paz, de nossos
tempos de meninos, seja apenas um retrato na parede. Porque isso dói!! E
como dói!!
Para encerrar essa carta-aberta, que espero que você não veja como
impertinência de minha parte, recordo uma poesia musicada, de autoria de
nosso amigo comum, Beto Paixão, onde ele faz referência às saudades de
seu tempo de infância, vividos à beira do Lago do Maicá.
quinta-feira, 25 de setembro de 2014
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