JORNALISTA ECONÔMICO DEFENDE O “SIM” EM PROPAGANDA POLÍTICA DA TV.
As
despesas com a implantação da máquina administrativa e as vantagens e a
desvantagens para as regiões do Estado com relação ao Fundo de
Participação dos Estados (FPE) a partir da proposta de criação dos
Estados do Carajás e do Tapajós, desmembrados do Pará, voltaram a ser
tema de destaque no horário de propaganda política das frentes contra e a
favor da divisão do Pará, ontem à noite, na televisão. O plebiscito
será em 11 de dezembro.
A
Frente a Favor da Criação do Estado do Tapajós exibiu uma entrevista
com o jornalista econômico Paulo Henrique Amorim, que defendeu a divisão
do Pará. Ele argumentou que o Estado do Tocantins era pobre, até mais
que o Tapajós, e passados 22 anos é o quinto Estado mais desenvolvido do
País, enquanto Goiás é o nono. A mesma situação de desenvolvimento é
constatada nos Estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, disse
Amorim.
O
jornalista acredita estar certa a previsão de que com a divisão do
Estado, os R$ 2,9 bilhões do FPE repassados hoje ao Pará passariam a ser
de R$ 5,9 bilhões, ou seja, R$ 3 bilhões a mais por ano. O jornalista
ressaltou que, com a divisão, em um primeiro momento, o Pará contaria
com uma estrutura de portos, aeroporto, indústria e áreas para produção
de biodiesel; Tapajós ganharia uma estrutura de gestão e de
investimentos futuros e Carajás seria beneficiado com o aproveitamento
de seus rebanhos e estrutura de frigoríficos.
A
Frente Contra a Criação do Estado de Tapajós questionou os valores
apresentados pela frente que defende a divisão sobre o repasse do FPE
para os três Estados, argumentando que o repasse atual é de R$ 6,2
bilhões - e não R$ 2,9 bilhões. A frente também defendeu que com a
divisão do Estado as despesas aumentariam em 36%, o equivalente a R$ 5
bilhões, de acordo com o economista Hélio Mairata. Para fazer frente a
essas despesas, os novos Estados teriam que cortar verbas da saúde,
educação e segurança. Segundo a frente, seriam necessários R$ 740
milhões para construir dois palácios de governo, assembleias
legislativas, tribunais de Justiça, tribunais de contas e outros órgãos
administrativos.
Encontro
- O encontro com prefeitos, vices e vereadores dos 78 municípios que
formarão o Pará, caso o Estado seja dividido em três, foi adiado para
amanhã. O evento começa às 17h e deverá ser encerrado por volta das 20h.
Ele estava previsto para hoje, mas a data ficou inviável por causa da
agenda do restaurante Pome D’Or da rua José Bonifácio, onde será
realizado.
Amazônia – ORM e Espalha Brasa